sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vídeo da APAVT do 34º Congresso de Macau

Vídeo exibido no 34º Congresso da APAVT, que decorreu em Macau, entre os dias 30 de Novembro e 5 de Dezembro de 2008, com a presença de 420 congressistas.

Fim-do-ano mantém chama e enche hotéis

O Turismo da Madeira prevê uma ocupação hoteleira superior a 95 por cento na última semana do ano. Esta percentagem, semelhante à que tem sido registada em anos anteriores, reflecte o prestígio que a Madeira continua a ter na época natalícia e o efeito positivo que a liberalização do espaço aéreo está a ter na procura do destino.
O mercado inglês e o português são responsáveis por cerca de metade das reservas contratadas até à data, seguindo-se o mercado alemão e o holandês. Os voos regulares da TAP, da SATA e das companhias low cost foram reforçados e, por isso, têm ainda lugares disponíveis. Já quanto ao alojamento, um elevado número de unidades hoteleiras está completamente esgotado.
Como é habitual os festejos de fim de ano trazem à cidade do Funchal animação e exposições alusivas à época. Este ano o Governo Regional investiu 4,7 milhões de euros nos festejos natalícios.
Entre o final do mês de Novembro, com a inauguração das iluminações de Natal, e o dia de Reis várias localidades da ilha são palco de manifestações culturais, etnográficas e artísticas. Merecem destaque a exposição “Presépios na Madeira – Abençoada Tradição” no espaço Infoart e as actuações do coro Juvenil do GCEA e do grupo A. A. Geringonça em várias zonas da cidade.
O ponto alto do programa é o espectáculo de passagem de ano da responsabilidade da orquestra ligeira da Madeira e da Macedos Pirotecnia.

Madeira na ZDF na primeira oitava

O canal alemão ZDF, transmite no próximo dia 26 de Dezembro, a partir das 20.55 horas, o episódio especial de 90 minutos, da série Das Traumschiff, gravado na Madeira e Porto Santo, intitulado "Kreuzfahrt ins Glück".

Trata-se da série de maior sucesso do canal ZDF desde há 22 anos, que passa na Alemanha, Áustria e Suíça.

No âmbito desta série, a Polyphon/Wolfgang Rademann, conceituado produtor de televisão de filmes internacionais de carácter turístico, esteve em gravações durante os meses de Maio e Junho deste ano, na Madeira e Porto Santo, e contou com o apoio da Associação de Promoção da Madeira.

Todos os anos são filmados dois episódios especiais que são emitidos no Natal e nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Este é o episódio com maior audiência, que chega a atingir 12 milhões de pessoas, excluindo a Áustria e a Suíça.

A série passa em horário nobre e é vista por cerca de10 milhões de pessoas. Os protagonistas são actores muito conhecidos na Alemanha, e a Madeira e o Porto Santo constituirão o aspecto fulcral do filme com as suas belas paisagens, arquitectura e cultura.

O valor acrescentado dos agentes de viagens

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Bolsa de Negócios do Congresso com pouco efeito



O primeiro dia de trabalhos do 34º Congresso Anual da APAVT, que decorreu entre os dias 30 de Novembro e 5 de Dezembro em Macau foi preenchido por um painel onde se falou da promoção de Portugal, da China e de Macau e o seu triângulo no delta do Rio das Pérolas, e ainda uma inovação, destinado a vender cada um dos produtos dos destinos promovidos algum tempo antes no andar superior da Torre de Macau.
Contudo, o que se verificou foi uma sala verdadeiramente cheia ... mas de vendedores. Da Madeira, do resto do País, de Macau e redondezas e ainda da China.
Agora, compradores não passavam de uma miragem.
Resultado, pese embora possam ter sido feitos alguns negócios, que acreditamos terem sido muito pouco, restou a oportunidade para estabelecerem alguns contactos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A presença madeirense no Congresso de Macau






A Madeira contou com a maior presença que há memória num congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens. Em grande parte preenchida pelos alunos do MBA em Turismo, da responsabilidade da delegação regional da Madeira da Ordem dos Economistas, em parceria com o Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, liderado pelo prof. Jorge Costa, que, de uma assentada, representavam um grupo de 12 pessoas. Entre eles dois agentes de viagens (Gabriel Gonçalves, da Intervisa e Eduardo Figueira da Silva, da Euromar) e João Sanches, director-geral do hotel Tivoli Madeira. Estes três últimos elementos tiveram a missão de vender os seus produtos no salão de vendas luso-chinês-macaense que a APAVT preparou em paralelo com o Congresso de Macau.
Além deste grupo tivemos ainda mais um agente de viagens, Gustavo Rodrigues, da Intertours, e um hoteleiro, João Barradas, do Hotel Reno.
Completavam o leque de presenças a passagem rápida, de Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo, e ainda de João Welsh, da Top Atlântico Madeira, que foi moderador num dos painéis, e Duarte Correia, que foi orador noutro, além de dois acompanhantes.
Curiosamente, estavam três jornalistas da Madeira: Paulo Camacho, pelo Jornal da Madeira, Catanho Fernandes, pelo Diário de Notícias da Madeira, e Paulo Neves, pela Rádio Renascença.

O Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo contou com 420 congressistas inscritos de um universo de 7.500 profissionais do sector que exercem a sua actividade em Portugal e de 1.200 agências de viagens que existem no País.
Na Região Autónoma da Madeira podemos adiantar que existem cerca de 500 agentes/consultores de viagens a laborar num número aproximado a 70 agências de viagens.

Macau quer mais turistas portugueses

João Manuel Costa Antunes, director dos serviços de Turismo de Macau deixou bem evidente durante o 34º Congresso Anual da APAVT, que terminou neste território, que quer mais turistas de Portugal. Lançou mesmo um repto para que os operadores estudem a possibilidade de concretizar viagens de avião entre a “Costa oeste da Europa” (para aproveitar a boleia da promoção nacional) e Macau.
Um dos factores que apresenta para alavancar o incremento de fluxos é a celebração dos 10 anos da transferência da administração portuguesa para a China, que ocorreu em 1999, e que em 2009 será assinalado com pompa e circunstância, pese embora tenha mais valor histórico para os próprios macaenses e chineses.

Numa altura em que esta região com estatuto especial no seio da China se depara com alguns estrangulamentos por parte da restrição de vistos de Pequim para que cidadãos do país visitem o território do delta do rio das Pérolas, Costa Antunes aposta da diversificação de mercados para captar mais turistas. É evidente que Portugal é um caso especial, pelas razões históricas que o ligam a Macau, que administrou até a transferência da administração para a China, mas a verdade é que há o desejo evidente de incremento dos fluxos que já existem, embora pouco expressivos no meio dos milhões que visitam a região.

Aliás, Chui Sai On, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, que tem a tutela do Turismo, disse claramente na sessão de encerramento do congresso que era seu desejo que os trabalhos desenvolvidos tenham contribuído para estreitar relações entre os sectores do Turismo de Macau e Portugal, e que, simultaneamente, potenciem a criação de novas bases de aproximação entre Portugal e a China.

O próprio responsável directo pelos serviços de Turismo de Macau teve oportunidade de confidenciar numa conversa que mantivemos à margem do Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo que Macau debate-se ainda com outro desafio que é fazer aumentar as médias um, dois dias de estadias para mais tempo, podendo com isso potenciar, por exemplo a realização de mais eventos culturais, realidade que tem alguma dificuldade em ampliar neste momento.

Macau promove
mais destinos

Sublinhe-se que Macau tem insistido na promoção do território, mas de uma forma enquadrada com os destinos próximos como seja Hong Kong e Taiwan, com quem tem um acordo neste sentido, e também com a China continental. No fundo, a filosofia é a mesma que se espera de quem vá desde lado do mundo para a Europa. Ninguém vai apenas um país tendo que fazer tantas horas de avião.
No sentido de Portugal para cá, sabe-se que os principais operadores nacionais já estiveram cá a estudar o mercado. Agora no sentido inverso, estamos em crer que neste mercado crescente da China, existe muito trabalho a fazer.

Madeira desconhecida
para casal japonês

Pelo que podemos ver nas montras de algumas agências de viagens em Macau, só pelas imagens porque, apesar do português ser uma das línguas oficias no território, e estar, de facto expresso por todo o lado, como os nomes das lojas e de ruas, nos A4 só em mandarim, havia pouca Europa. Eram mais propostas para este lado da Ásia. Uma das poucas que vimos para o Velho mundo era evidente a aposta em circuitos, com uma mescla de imagens de destinos como Itália, França e Espanha. De Portugal nada vimos.
Um dia destes conversei com um casal japonês já bem vivido, na Torre de Macau, onde decorreu o Congresso e uma das novas atracções de Macau. Fiquei a saber que tinha estado Portugal, que, para ele, se resumiu a Lisboa. Nada mais sabia do país. Quando disse que era natural de uma ilha portuguesa chamada Madeira, que ficava a cerca de uma hora e meia de avião de Lisboa, parecia estar a dizer que vinha de um planeta Krypton, de um sistema solar bem longínquo…

Fala-se pouco
em português

Uma nota final para referir que em relação a Macau, comparativamente à vez anterior que cá tínhamos estado, em 1996, precisamente num congresso da APAVT, nota-se uma evolução no território. Além do incremento nas infra-estruturas, nomeadamente a hoteleira, notamos uma melhoria no domínio de outra língua que não o mandarim. Fala-se inglês em maior número, quer nos hotéis e em algumas lojas. Português só ouvimos na loja das Paulinas, junto ao Paço episcopal de Macau, bem perto das ruínas de São Paulo e do Largo do Senado. Ali quase que parecia ter regressado a Portugal. Tanto a irmã falava português como a senhora que estava com ela e uma outra que acabara de comprar um livro.
Curiosamente, mais em baixo, a caminho do Largo do Senado, uma outra loja segmentada para a literatura portuguesa, a senhora que lá estava não “pescava” uma de português.
De resto, pela cidade, ouvimos aqui e ali portugueses.

Encerramento do Congresso: João Passos diz que a crise é estado de espírito



A crise é, acima de tudo, um estado de espírito. Quem o disse no dia 4 de Dezembro em Macau, no encerramento do 4º Congresso Anual da APAVT, foi João Passos, presidente da direcção da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. Referiu, a propósito, que a actual crise económica não é diferente de outras já ultrapassadas. “Tem apenas contornos que lhe conferem maior profundidade, mas também é potenciadora de novos desafios e de novas oportunidades”, detalha.
Contudo, sublinhou que não se pode nem deve esconder que todos os sectores de actividade, onde refere que o das agências de viagens não é excepção, “terão de passar por alguma reestruturação” ao nível dos procedimentos, do controle de custos, da adaptação dos recursos humanos às realidades do mercado.
Além disso, considera que as agências de viagens devem também procurar mais negócio e mais oportunidades porque “existem novos mercados com um potencial enorme de negócio que as “nossas empresas têm obrigação de ir buscar e que o Estado tem obrigação de apoiar”.

No que toca ao papel das agências de viagens num sector em constante mutação, João Passos recorreu ao que foi recorrente nos diversos painéis do Congresso, o facto das agências de viagens continuarem a ser uma peça fundamental e incontornável na distribuição do transporte aéreo, que reforçaria mais à frente ao referir que também o são na distribuição dos restantes componentes da oferta turística. “É para nós claro que os nossos parceiros podem e devem comercializar os seus próprios produtos, mas também é para nós claro e certo que não podem, nem devem deixar de criar as condições necessárias para que nós os possamos distribuir”.

Outro ponto do discurso do presidente da APAVT foi a promoção turística. Disse ser absolutamente indispensável uma coordenação, que considera não ter existido, na promoção das diversas actividades exportadoras de forma a aproveitar sinergias e potenciar recursos com a máxima eficácia. Por outro lado, João Passos referiu que o modelo de promoção carece de ser afinado na definição do conceito de Portugal que queremos promover, na forma como a actual estratégia envolve os intervenientes públicos e privados e ainda na implementação de um sistema eficaz e efectivo de avaliação de resultados.
Mais adiante, diria que continuamos sem números credíveis e isentos que possam contribuir para a afinação de estratégias.

Congresso de Macau: Conclusões e recomendações

O 34º Congresso nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, reunido de 30 de Novembro a cinco de Dezembro de 2008, em Macau, com a presença de 420 participantes, deliberou, em resultado das comunicações apresentadas e debates produzidos durante as diferentes sessões plenárias, apresentar as seguintes quatro conclusões e cinco recomendações, aprovadas por aclamação.

Conclusões

1ª Conclusão

O Congresso conclui da necessidade de o Governo envolver o sector privado no processo de nova regulamentação do sector aeroportuário, ouvindo as suas posições e entrando em linha de conta com as suas contribuições.


2ª Conclusão

O Congresso conclui pela necessidade da tutela da Economia do Turismo interiorizar e assumir que os DMC, (ligados à venda de nicho específico de mercado dentro do sector) através da sua associação são peça fundamental na promoção e venda do destino turístico Portugal e ainda que estas entidades têem de ser ouvidas atempadamente na definição de estratégias e contempladas no próprio discurso do Governo.


3ª Conclusão

O Congresso conclui pela urgente alteração do regime do IVA de forma a afastar a concorrência fiscal entre as nossas empresas e os seus mais directos concorrentes.


4ª Conclusão

O Congresso conclui que o sector deve apostar no reforço das suas competências, nomeadamente na formação dos seus recursos humanos


Recomendações


1ª Recomendação

O congresso recomenda que seja realizado, a breve trecho, um ano de Portugal em Macau, e nesse âmbito concretizar um conjunto de iniciativas para promoção do nosso país no mercado da China. Recomenda ainda que Macau seja considerado como um destino a considerar para a realização de eventos turísticos.


2ª Recomendação

O Congresso recomenda ao Governo para que garanta aos consumidores o acesso à totalidade das tarifas oferecidas, numa forma que assegure a compra aos melhores preços e a livre escolha do canal de distribuição e recomenda ainda que as empresas que resultarem dos fenómenos de concentração sejam controladas de forma eficaz, de molde a não permitir o abuso de posição dominante que irão deter por essa via em determinados mercados e rotas.


3ª Recomendação

O Congresso recomenda que se reforcem e se tornem fluidos os fóruns e diversos canais de comunicação entre as entidades que tutelam o sector e as associações empresariais.


4ª Recomendação

O Congresso recomenda que o Governo assegure condições para o acesso, a custos razoáveis, ao financiamento.


5ª Recomendação

O Congresso recomenda uma maior fiscalização das empresas que actuam no mercado nacional, exercendo actividades para as quais não estão licenciadas.

João Welsh: Congresso no Porto Santo só quando o produto estiver consolidado

João Welsh, delegado na Madeira da APAVT, acredita ser possível vir a realizar um próximo Congresso Anual da APAVT na região autónoma. No Porto Santo, como se ouve falar nos corredores.
Recordou que o último realizado no Funchal, em 2002, teve um enorme sucesso, pelo que admite existirem todas as condições para o voltar a fazer. No caso concreto do Porto Santo, diz ser importante ter alguma atenção porque ainda existe um hotel em obras, pelo que até ter o produto Porto Santo mais consolidado “há algum risco” até porque a data, que é sempre nesta altura do ano, não será a mais adequada.
Por isso, sublinha que só deve ser feito lobbie para levar o congresso par o Porto Santo quando “tivermos o produto mais consolidado, porque, caso contrário, pode ter o efeito inverso. Daí que recomendo que não se avance já”.
Quanto ao 34º Congresso Anual da APAVT que terminou em Macau no dia 5 de Dezembro, João Welsh disse estar muito satisfeito com a realização de mais esta edição. Considera ter sido muito bem organizado, desde a logística aos hotéis escolhidos. Além disso, acentuou que a componente científica do evento foi relevante. “Todos os painéis foram muito bons, com excelentes oradores, proporcionando um nível de discussão elevado nas diferentes áreas abordadas” as quais “mostram que é importante pensar o turismo com uma visão integrada de várias matérias complexas que compõem o turismo, que estão constantemente a se alterar, por via de uma dinâmica própria que existe neste sector”.

4º painel: Tsunami económico deverá trazer consequências nas viagens

Michel de Blust, secretário-geral da Associação Europeia das Agências de Viagens e Operadores Turísticos – ECTAA, disse em Macau, no decorrer do quarto e último painel do Congresso da APAVT que o que chamou de tsunami financeiro internacional deverá ter algumas consequências no mundo das viagens. Uma delas será, segundo sublinhou, fazer com que as pessoas optem mais por ligações para destinos mais próximos.

Por outro lado, no domínio das viagens de negócios, admite que tenderá a haver um retrocesso pelo facto das empresas disponibilizarem menos verbas para esse fim. Apontou números de possíveis descidas como seja menos 15% nos países nórdicos. Mais disse a este propósito que entre 35 a 40 por cento das empresas irão cortar nas viagens, optando pelas novas tecnologias.
Diferente destas viagens, as dos cruzeiros são vistas por Michel de Blust com algum optimismo, pese embora sublinhe a existência de mais oferta que procura.
Quanto à existência de algumas falências de agências de viagens, disse que não existem dados que permitam interligar ao tsunami financeiro.

Fixar o preço

Num painel onde o tema era “Distribuição: Dinâmica de mudança, Novas competências”, Justin Fleming, presidente da Associação britânica das agências e viagens – ABTA, falou de uma alteração económica no Reino Unido que leva os clientes a terem de enfrentar outras despesas além das viagens.
Para precisar melhor esta questão, recorreu a um estudo que mostrava que em Abril do corrente ano 30% dos inquiridos dizia que este ano estava a ser um ano pior para si do ponto de vista financeiro. E, em Outro, esse valor percentual situava-se nos 60 por cento.
Considera que um dos grandes desafios que os agentes de viagens e operadores turísticos terão pela frente será o equilíbrio das contas. “Fixar o preço será um factor muito importante”, sublinhou.

O papel da internet

Um ponto abordo pelo painel foi a internet, onde houve uma convergência de que veio para ficar. Da plateia, Francisco Sá Nogueira, administrador da ES Viagens, onde tem a responsabilidade pelos canais da internet, reconheceu esse papel mais disse que há uma grande distinção entre as empresas que a têm unicamente online e das outras tradicionais que a utilizam como complemento.
Para Michel de Blust é uma realidade indiscutível onde poderá ter um papel relevante, sobretudo junto dos consumidores com menos de 25 anos.
Contudo, Justin Fleming disse que poderemos estar a existir a alguma inversão desta realidade com uma maior opção pelas agências de viagens tradicionais, que tendem a oferecer serviços extras que não se encontra na internet. No fundo, entronca no que evidenciou Carlos Melo Ribeiro, CEO da Siemens, que se encontrava na plateia. Começou por dizer que as agências de viagens estão numa posição única de dar um passo em frente, recorrendo à internet. No entanto, admite que recorrer ao agente de viagens tradicional pode resultar num ganho para as duas partes com um up-grade de serviços.

Focalização no desejo do cliente

Acerca desta matéria, Justin Fleming enalteceu o papel dos agentes de viagens pelo facto de possibilitar uma maior focalização no que o cliente pretende, ao contrário da internet, onde a grande panóplia de ofertas torna mais difícil esse desiderato.
Questão relevante igualmente abordada foi a dos incentivos dados às companhias de aviação low cost, onde tanto Michel de Blust como Justin Fleming teceram algumas críticas pelos maus resultados que essa política se tem traduzido em alguns destinos.
O que não invalida que Justin Fleming reconheça o papel que as companhias que praticam preços de baixo custo tenham um papel a considerar no volume de passageiros transportados e nos negócios que potencia, que, de outra forma, não existiriam.

Margarida Blattmann: Saída para a crise pode passar por fusões


Margarida Blattmann, CEO da Gecontur, considera que uma das formas de enfrentar a crise económica e financeira internacional poderá passar pela via da aquisição, fusão ou estabelecimento de parcerias.
Oradora no quarto painel do Congresso da APAVT disse ainda que uma das grandes oportunidades e saída será a aposta na internet, que vai permitir cativar mais clientes, o que, segundo refere, vai obrigar a algumas mudanças nos procedimentos. No fundo, releva que será importante haver uma complementaridade entre a venda tradicional e a que é feita através do canal internet.

Madeira Specialist de sucesso entra na 2ª fase



O Programa Madeira Specialist vai entrar brevemente na segunda fase, depois de cumprida a primeira que, segundo revelou em Macau Pedro Moita, director da APAVT Form, ultrapassou largamente as expectativas.

À margem do Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que decorre até sexta-feira em Macau, não escondeu a sua satisfação pela aceitação que o programa teve entre os agentes de viagens de viagens do país, considerando-o mesmo um êxito que excedeu as expectativas. Na fase de pré-inscrições, existiam cerca de 80 propostas para fazer este curso de formação assistida e de e-learnning de especialização na oferta turística da Madeira.

Depois, foi-se cimentando até terminar esta fase de um projecto que foi piloto o país, com 250 profissionais inscritos e a concluí-la.

Segue-se uma nova fase, mais sectorial, onde estes profissionais e outros podem inscrever-se para fazer cursos individuais em áreas como o golfe ou de congressos e incentivos. Ou a totalidade temática que a Direcção regional de Turismo vai colocar em marcha.

Segundo o Turismo da Madeira, poderá ser mesmo esta semana que a segunda fase com os restantes cursos, ganhe asas e fique online, depois de um ligeiro compasso de espera entre a saída de Paulo Faria do cargo de director regional de Turismo e a entrada em funções no dia 24 de Novembro de Raquel França, a nova detentora do cargo.

Tornar agentes especialistas

no destino Madeira

Recorde-se que o curso Madeira Specialist, que pretende dotar os agentes de viagens de todo o país de maiores conhecimentos do destino Madeira, potenciando, desta forma o incremento das suas vendas, começou em Abril deste ano. Na prática, a Direcção Regional de Turismo pretende formar agentes de viagens com know how acerca da realidade turística da região autónoma.

Conclui-se, assim, o primeiro de sete cursos que culminará com um diploma “Madeira Specialist”, se o formando os completar. Note-se, no entanto, que para participar nos cursos gratuitos não é imperioso que complete o ciclo.

Refira-se que os restantes seis cursos já foram validados pela Direcção Regional de Turismo. Foram revistos no site piloto do projecto, sendo que as correcções resultantes de algumas imprecisões detectadas já foram reportadas à APAVT Form, uma empresa do sector turístico especializada em formação profissional, pertencente à APAVT. Trata-se de uma entidade que pretende potenciar o capital de experiência da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo no domínio da formação profissional, oferecendo uma oferta formativa dinâmica e abrangente, de acordo com as necessidades dos diferentes subsectores do turismo

Pedro Moita avançou que está tudo tratado e pronto para o arranque efectivo, com os seis cursos restantes devidamente corrigidos e aptos para serem colocados online.

A nível de conteúdos, da responsabilidade da direcção regional, só faltam encaminhar as questões finais de avaliação, para a certificação do curso, provas que serão feitas presencialmente.

Certificado e viagens

no final dos cursos

O curso Madeira Specialist, além de dotar os agentes de viagens de ferramentas potentes de conhecimento do destino, tem o incentivo de viagens à Madeira para os formandos. Neste âmbito, havia sido acordado com Paulo Faria que seriam atribuídas 50 viagens, 25 a oferecer aos melhores classificados que completem o curso, e outras 25 a sortear pelos formandos.

Relativamente ao sorteio de 25 viagens, a opção que o Turismo da Madeira considera mais coerente parece ser a de sortear apenas pelos formandos que completem o curso, de modo a incentivar a sua conclusão, isto por haver muitos formandos que apenas se possam interessar por um determinado tema.

Em jeito de conclusão, podemos avançar ainda que a APAVT Form sugere que no momento em que sejam colocados todos os cursos online seja feita nova campanha de divulgação do projecto no sentido de angariar mais utilizadores, tanto da parte daquela entidade através da newsletter e comunicação a associados, quer também da parte desta Direcção Regional de Turismo.

Há algum tempo, Conceição Estudante admitiu que o Madeira Specialist poderia vir a ser replicado para fora de Portugal, concretamente para destinos tradicionais do mercado Madeira.

E por falar em replicar, Pedro Moita revelou que um projecto semelhante ao da Madeira poderá, a partir de agora, vir a ser aplicado noutras regiões do país.

Legenda:

O Madeira Specialist está desenvolvido no plataforma acessível pela internet, mas, conforme evidencia Pedro Moita na segunda imagem desta página, funciona como formação à distância, com acesso a pessoas, além dos PC

3º Painel: Tap com atenção especial aos custos



O vice-presidente da TAP admitiu em Macau, no dia 2 de Dezembro, que um dos desafios que a companhia terá nos tempos mais próximos será o de gerir eficazmente o factor custo para continuar competitiva. Um deles será com a mão-de-obra, disse Luís Gama Mor durante o terceiro painel do Congresso da APAVT, que decorre neste território.
Inserido no painel “Transporte aéreo: realidades e desafios”, o gestor admitiu que o primeiro semestre de 2009 não deverá ser favorável, evidenciando que a situação internacional é imprevisível ao ponto de não saber qual o seu impacto.
Deste modo, com os números da procura de voos da aviação a nível internacional a decrescerem ligeiramente desde Setembro, pese embora Tap se mantenha um crescimento, Luís Mor deixou claro que a transportadora pretende continuar a crescer pelo que admite que tenha de ser com grande esforço na conquista de mais quota de mercado à concorrência.
Teve ocasião ainda de vincar a importância da parceria com as agências de viagens. Pese embora tenha admitido que a internet veio para ficar, sendo que, em alguns países como a Inglaterra, já representa uma fatia relevante das vendas da companhia, o administrador disse que neste momento de incerteza económica internacional, ou a TAP consegue ultrapassá-lo com as agências de viagens e com as empresas do sistema GDS, ou “morre” abraçada a estas duas componentes do tripé, para parafrasear o presidente da direcção da APAVT, João Passos.

Luís Correia da Silva:
Gerir o dia-a-dia

Em relação aos desafios, depois de ter traçado a realidade da aviação internacional, Luís Correia da Silva, CEO da TTThinktur, que foi o “key note speaker” do painel, referiu que os principais desafios que se colocam às companhias de transporte aéreo serão os de ter que gerir a empresa ao dia, ser flexível e saber ajustar continuamente.
Além disso, o ex-secretário de Estado do Turismo referiu que têm de saber prever e antecipar as mudanças em relação ao preço do combustível; maximizar a eficiência energética e tornar mais eficientes a comercialização e distribuição e ainda ter que aprofundar as parcerias com as agências de viagens e as empresas de GDS.
Na sua exaustiva apresentação, muito completa, teve oportunidade de acentuar que hoje em dia é condição fundamental para o sucesso de um destino ter condições de fazer chegar as pessoas, independentemente do valor da oferta do produto e dos serviços. Uma situação que assume particular importância no caso concreto da Madeira.
Moderador neste painel, o madeirense João Welsh, administrador da Top Atlântico Madeira, recorreu às palavras ditas recentemente pelo presidente da IATA, que abordava a questão dos custos crescentes das infra-estruturas aeroportuárias. Em resposta, o único orador ligado à área em questão, Guilhermino Rodrigues, presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, referiu que a empresa que lidera tem a consciência da importância que o aeroporto tem para o turismo, pelo que diz fazer um esforço no sentido de proporcionar as melhores condições.

SATA reforça operação na Madeira



O presidente da Sata Internacional revelou em Macau, durante o Congresso da APAVT, concretamente no dia 2 de Dezembro, que a companhia vai reforçar a sua operação a partir da base na Madeira. Além de admitir que a linha Madeira-Lisboa tem potencial de crescimento, António Menezes adiantou que vão surgir dois novos voos internacionais da região autónoma para Varsóvia, na Polónia, e para Zurique, na Suíça.

Para Paris, em França, destino onde a companhia já tem um voo semanal, concretamente para o aeroporto Charles de Gaule, a Sata irá reforçar com mais uma ligação. Um reforço que acontecerá igualmente para Dublin, na Irlanda, que passará a ter dois voos semanais.

A Sata Internacional voa regular entre a Madeira e Lisboa e entre a Madeira e Ponta Delgada.

Através de outra companhia do grupo onde está inserida a Sata Air Açores, voa regular entre a Madeira e o Porto Santo e entre a Madeira e Gran Canaria.

Juntam-se a estes voos mais outros realizados em regime charter.

TAP não sabe quanto recebe a easyJet para voar para a Madeira

Luís Mor, vice-presidente da TAP disse em Macau durante o 34º Congresso da APAVT, concretamente no dia 2 de Dezembro, durante o 3º painel, que não consegue saber quanto recebe a easyJet para voar entre a Madeira e Lisboa. Refere que por mais pesquisas que tenha feita, não encontra resposta.
Esta matéria também mereceu um reparo de António Menezes, presidente do Grupo Sata. Acentuou que, no caso da Madeira seria importante haver mais transparência nest tipo de apoios. Neste domínio deu o exemplo da Air Berlin, uma low cost que começou recentemente a fazer ligações regulares entre Nuremberga, na Alemanha, e Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores. E, embora recordasse que a sua companhia tem voos regulares para Frankfurt, uma outra cidade germânica, reconheceu que tudo foi feito de forma clara, sem deixar dúvidas, além de evidenciar que proporciona uma maior exposição dos Açores no mercado alemão.

2º Painel: Sampaio mostra caminho a seguir na promoção

Jorge Sampaio considera importante que a marca país não deve esgotar as iniciativas de comunicação dos vários agentes económicos e das várias regiões. O ex-Presidente da República, que falava na abertura do segundo painel do Congresso da APAVT, no dia 2 de Dezembro, em Macau, cujo tema era “Portugal, a Costa Oeste da Europa”, entende que uma marca país é um processo que deve unir e potenciar esforços e não reduzir ou anular dinâmicas sectoriais ou regionais.

Numa intervenção que surpreendeu, pela positiva, os congressistas presentes na Torre de Macau, Jorge Sampaio evidenciou que não pode acontecer uma descoordenação de mensagens, a canabilização de percepções e a cacofonia de imagens. Ou seja “a complementaridade de iniciativas em torno de uma marca país é bem-vinda, mas a descoordenação de mensagens e percepções é fatal para a sustentabilidade de uma marca país”.

Neste domínio de marca país, pegou no exemplo de Espanha por a considerar um projecto exemplar que, pela coerência e pela força da aposta, se revelou de grande eficácia. Evidenciou que o projecto Marca Espanha é uma iniciativa de quatro entidades bem diversas e que não se trata de uma iniciativa do Estado em que a sociedade civil, empresarial e profissional, “assiste da bancada, aplaudindo ou assobiando em função dos êxitos ou inêxitos do momento. As empresas e os profissionais são actores do sucesso ou do falhanço do projecto”.

A este propósito adiantou que o projecto encerra três objectivos explícitos. Por um lado, coordenar as iniciativas públicas e privadas em torno da Marca Espanha e transmitir às empresas e instituições a importância de uma boa imagem de Espanha como país. E, finalmente, o objectivo de articular uma nova percepção da imagem de Espanha que corresponda à realidade.

Jorge Sampaio sublinhou que para um país, a marca vai para além do símbolo porque, segundo afirmou, “pretende corrigir percepções” porque “vendem”. Mais adiantou que o sucesso de uma marca país está associado, sempre, à sua capacidade de transmitir valores. Valores que “têm de ser fortes e certos”. Valores como os da eficiência, da qualidade, do profissionalismo, da responsabilidade e da sustentabilidade.

Perante o exposto, pegando no conceito que o presidente Kennedy disse um dia, com as necessárias adaptações “não pensemos no que o Estado pode fazer por nós, mas o que todos nós podemos e devemos fazer pelo país” deu o seu contributo com 10 princípios visano a afirmação de uma marca país ganhadora, no quadro da competitividade existente entre as nações do século XXI. São eles a coerência, o arrojo, a visão, o respeito, a transversalidade, a integração, a vida, o profissionalismo, o longo prazo e a sustentabilidade.

2º Painel: A força do Mamma Mia


O 2º painel do Congresso da APAVT, que decorre em Macau, abordou ontem a questão da aposta da campanha de promoção de Portugal que, sob a marca Portugal, tem a designação Portugal, a costa oeste da Europa.
Pela parte de Pedro Bidarra, vice-presidente da BBDO, responsável pela criação da campanha que, entre as muitas imagens, tem uma de Cristiano Ronaldo, teve oportunidade de explicar o que o levou a tomar a opção por evidenciar o conceito de Portugal como país mais a oeste da Europa. Parafraseando alguém, disse ser importante que quando não conseguimos ser os primeiros num segmento, o que acontecia se Portugal estivesse integrado nos países do Sul, há que inventar um onde seja primeiro. E, com o conceito do oeste da Europa, forçosamente, é primeiro.
Trata-se de uma campanha que Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, teve ocasião de revelar à margem do painel onde também participou, que vai conhecer novas imagens nas próximas semanas.
No meio de muitas palavras ditas pelos diversos oradores, o madeirense Duarte Correia, CEO da Tui, teceu algumas críticas, nomeadamente que a campanha do Turismo de Portugal não esteja a chegar com eficácia ao cliente final. Mais evidenciou que que quando é feita deve ser continuada.

Outro apontamento veio de David Marks, inglês e administrador da MM & Company, que referiu haver necessidade de reinventar Portugal no nicho de congressos e incentivos.
Em relação à campanha, Telmo Correia, ex-ministro do Turismo, teve ocasião de recordar que, quando foi governante, esta proposta do oeste da Europa. Mas que ficou para segundo plano por poder ser mal interpretada no principal mercado para Portugal, o inglês, que poderia ver o oeste, não no nosso país como o oeste dos Estados Unidos da América.

Curiosa foi a intervenção de Miguel Júdice, da Confederação do Turismo de Portugal, que, da plateia falou da importância de haver a figura de um embaixador da promoção do país. Teve ocasião ainda de apontar os reflexos do filme Mamma Mia, com vantagens adicionais para a Grécia, onde foi filmado.
Curiosamente, uma proposta semelhante foi colocada em cima da mesa no Congresso do ano passado em Búzios mas que depressa foi colocado de parte pelo representante do Turismo de Portugal que lá estava presente, alegando dificuldade de conseguir financiamento.

Presidente do WTTC: É preciso focalizar estratégias




O presidente do World Travel and Tourism Council, Jean Claude Baumgarten, disse no primeiro dia de trabalhos (1 de Dezembro), durante no primeiro painel do Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, em Macau, que todos os intervenientes no sector do turismo têm de trabalhar em conjunto no sentido de atenuar os problemas que se perspectivam para a economia mundial. Vincou que há uma imperiosa necessidade de entidades públicas e privadas trabalharem em conjunto num sector que representa, em média, no mundo turístico cerca de 10% do PIB. Até porque deixou bem claro que o Turismo poderá contribuir para atenuar as consequências de turbulência económica em que o mundo está mergulhado.
Ao falar como “keynote-speaker” do painel “Turismo: Novos mercados, Novas oportunidades”, admitiu que o próximo ano não será muito bom para o Turismo, mas considerou que em 2010 haverá já uma recuperação que espera continue a melhorar nos anos seguintes.
Quanto à agilidade do sector para lidar com a crise, sublinhou que, por tradição, tem sido muito persistente e que tem sabido ultrapassar as dificuldades. Falou da imperiosa necessidade de focalizar a aposta nos mercado, e, neste contexto, salientou a importância dos mercados emergentes na sustentabilidade do crescimento. Mercados como este da China, onde nos encontramos, com o maior crescimento dos fluxos turísticos entre os seus pares (na ordem dos 15% ao ano), da Índia e da Rússia, para os quais disse ser importante apostar através de parcerias. Isto sem esquecer os mercados maduros.
E, na base das novas apostas há uma nota que os oradores deixaram bem vincada: a necessidade de uma grande focalização e capacidade de estudar os novos mercados, tendo em linha de conta que essas apostas não são árvores de patacas onde se chega e abana, e começa logo a “chover” o retorno do investimento. Há que saber esperar.

Importância de inovar

Pansy Ho, directora-geral da Shun Tak, com grandes interesses em Macau, e uma das oradoras do painel, reconheceu a importância de inovar para tornar os destinos mais atraentes. Neste domínio, a filha do magnata do jogo Stanley Ho, que esteve na sessão de abertura do Congresso de Macau, afirmou que o seu grupo tem sempre essa preocupação, como o provam os constantes investimentos.
Outro ponto relevante que abordou foi a importância da promoção conjunta de destinos parceiros, no sentido de potenciar as viagens de longo curso. Uma situação que aponta tanto no sentido da Europa para a Ásia, como no sentido inverso.
Um dos poucos intervenientes da assistência foi Carlos Pinto Coelho, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, que não colocou qualquer pergunta à mesa mas aproveito para tecer algumas críticas para consumo interno, pelo facto de não haver um caminhar conjunto entre os sectores público e privado para solucionar de problemas comuns do Turismo.

Turismo de Portugal esquece Madeira


O Turismo de Portugal fez uma acção de promoção no primeiro dia de trabalhos do Congresso da APAVT, a 1 de Dezembro, onde o propósito era, nas palavras de António Padeira, director-coordenador da Direcção de Promoção do Turismo de Portugal, incrementar os fluxos de turismo chinês para o nosso país.
Começou por fazê-lo, mostrando um filme de promoção institucional onde, pasme-se, não tinha qualquer imagem do destino Madeira, que é somente o mais antigo de Portugal. Além de mostrar uma parte do património histórico edificado e valores da cultura, o vídeo insidia muito em Lisboa.
Posteriormente, na apresentação que fez em Powerpoint, que cremos ter sido a mesma que levou para o périplo que fez pela Coreia do Sul e pela China, a acompanhar nos últimos dias o secretário de Estado do Turismo, sempre colocou uma ou outra imagem do destino Madeira misturadas com outras de todo o país. Contudo, quando falou das regiões do país, Lisboa voltou a levar com as honras da casa. Quando “passou” pela Madeira, disse, simplesmente que era uma das regiões autónomas de Portugal, composta por duas ilhas.
Os Açores teriam mais “sorte” já que, além de não ser apenas uma das regiões autónomas nem de classificar o destino pelo número de ilhas, deu a tónica da oferta de natureza que dispõe.
É caso para dizer que se é esta a mensagem que se passou da Madeira nas viagens promocionais em Seul, Xangai e Pequim, bem podermos esperar sentados por turistas destes dois mercados.

Macau: Costa Antunes sensibiliza para voos de Portugal


O director dos Serviços de Turismo de Macau apelou aos agentes de viagens e operadores turísticos, no primeiro dia de trabalhos do Congresso da APAVT, a 1 de Dezembro, para que se empenhem no sentido de proporcionar ligações directas de Lisboa para Macau.
Pela sua parte, Costa Antunes deixou claro que está disposto a apoiar as iniciativas que permitam realizar as ligações com mais conforto entre os dois pontos. Isto porque, neste momento, depois da TAP ter feito voos regulares entre a capital e o território autónomo chinês (o que acontecia ainda no último Congresso da APAVT aqui realizado em 1996) a companhia deixou a linha por falta de rentabilidade.
Numa primeira análise, há algum cepticismo dos operadores nacionais, mas pode ser que até a BTL, em Janeiro, Costa Antunes encontre em Lisboa a proposta que admite poder vir a ser apresentada nesse sentido.
Curioso neste lado do mundo, é a convergência estratégica entre diferentes partes de uma mesma oferta. Depois de Pansy Ho (filha de Stanley Ho) já o ter dito no 1º painel, tanto Costa Antunes como Yao Yue Can, presidente do China International Travel Service, fizeram questão de evidenciar a importância da promoção conjunta. Neste caso concreto de Macau, Hong Kong e Taiwan, entre os quais existe um acordo para a promoção conjunta.

TAP: Liberalização na Madeira incrementou vendas na net


As vendas da TAP na linha da Madeira-Lisboa-Madeira através do site da companhia têm crescido desde a entrada em vigor da liberalização do espaço aéreo ocorrida no final do segundo semestre do corrente ano. Quem o disse em Macau, no dia 1 de Dezembro, foi Luís Gama Mor, vice-presidente da companhia, num pequeno-almoço de trabalho que teve com os jornalistas que cobrem o 34º Congresso da APAVT.

Trata-se de uma realidade que sublinha acontecer em linhas com concorrência. Embora sem apontar números deste crescimento, adiantou que em Portugal, das 5% de vendas em 2007 feitas através do site da transportadora, neste momento já se situam nos 7 por cento.

Ainda em relação à Madeira, podemos apontar outros dados revelados por Luís Mor, como seja a ocupação da linha, na rota de Lisboa. Entre Janeiro e Outubro do corrente ano, a TAP transportou quase 500 mil passageiros (498.430, para sermos mais precisos), o que traduz um crescimento de 9 por cento em comparação com igual período de 2007. Só em Outubro, o crescimento foi de 1,2 por cento.

Outros dados importantes têm a ver com a ver com a linha de Venezuela, que no acumulado do ano regista um crescimento de 15,7% e de 3,6% em Outubro.

No global das rotas da companhia, apontou crescimentos no acumulado do ano de 13,9%, sendo que, só em Outubro, foi de 4,1 por cento. Contudo, reconheceu que há um abrandamento no mercado a partir de Setembro, continuado em Outubro, embora diga que a companhia de bandeira nacional tenha continuado a crescer.

Tap faz acordo com Travelport


Outro ponto que estava na agenda da TAP para esta conferência de imprensa, e que seria a cereja em cima do bolo, foi o anúncio das novas rotas para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia, que Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo aproveitou para as revelar na conferência de imprensa que realizou em Macau no dia anterior.

Não obstante, Luís Mor tinha guardado outra novidade, pese embora para o grande púbica diga muito pouco. Trata-se de um acordo estabelecido com a Travelport/Galileo, uma multinacional que serve de plataforma de ligações entre os diversos operadores do sector, neste caso concreto entre a companhia aérea TAP e os agentes de viagens.

Mediante este acordo, a transportadora compromete-se a colocar no sistema do chamado GDS todas as tarifas que cria, sem deixar nada para exclusivo para o seu site. Fica, assim, deixada de parte o que o vice-presidente chegou a ventilar em 2007 no Congresso da APAVT no Brasil, onde admitiu criar um portal próprio com tarifas próprias, diferentes das disponibilizadas para os seus parceiros de negócio agentes de viagens. Conforme disse ontem, na altura, subestimou o mercado.

Na prática, a TAP, companhia aérea portuguesa líder de mercado e a Travelport GDS, líder no fornecimento e distribuição global de sistemas (GDS), estabeleceram um acordo de full content, que permite a todos os agentes de viagens ligados ao Galileo e ao Worldspan, o acesso a todo o inventário e tarifas públicas, incluindo as tarifas exclusivas da Internet.


O novo acordo é plurianual e já se encontra em vigor.

Adicionalmente a este acordo, a TAP e a Travelport GDS determinaram ainda o desenvolvimento, em conjunto, de um programa de vendas dirigido ao trade, com o objectivo de fortalecer a posição das duas empresas em mercados estratégicos no continente africano, assim como em França, Itália e no Brasil.

Matthew Hall, vice-presidente da Travelport GDS para o aprovisionamento e desenvolvimento de negócio refere que estão empenhados em encontrar soluções inovadoras e criativas para que os parceiros do sector da aviação possam atingir os seus objectivos de vendas e lucros. Em simultâneo, assegurar contratos full content com companhias aéreas líderes como a TAP, “é uma óptima notícia para as agências nossas clientes que têm, assim, a garantia de oferta do melhor serviço”.

Luiz Mór afirma igualmemente que a companhia está satisfeita por fortalecer a já longa relação com a Travelport, vendo-a como um importante parceiro para atingir os nossos objectivos no que diz respeito à distribuição global e receitas.

Abertura do Congresso: APAVT quer governo actuante no domínio fiscal







O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo apelou ontem a Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo, que o Governo central desenvolva acções concretas a nível fiscal, na promoção e no domínio regulador. As palavras foram proferidas na cerimónia de abertura do 34º Congresso da APAVT, que começou em Macau.

João Passou acentuou que a Associação não apela à concessão de subsídios mas sim que o Governo central tenda, no domínio fiscal, a desenvolver políticas fiscais anti-cíclicas e a uma revisão profunda do regime do IVA aplicável às agências de viagens, para permitir que as nossas empresas estejam em pé de igualdade com os seus mais directos competidores estrangeiros.

E, no domínio da promoção, sensibilizou o governante para a necessidade de um reforço do investimento continuado em promoção nos mercados tradicionais e aposta clara em mercados alternativos e para uma maior coordenação das diversas entidades envolvidas na promoção turística.

Finalmente, disse ser importante haver uma maior eficácia na função reguladora do Estado, de modo a evitar o que acentua ser concorrência desleal entre empresas com a consequente desqualificação da actividade.

Outro ponto do seu discurso passou pelo transporte aéreo. Recordou que as companhias aéreas, na sua busca incessante pela redução de custos, têm centrado esforços em cortar as despesas com a distribuição do seu produto através do canal tradicional, que são as agências de viagens.

Neste sentido, embora tivesse admitido que o actual modelo de relacionamento é objectivamente bom para todas as partes, apontou o caso dos Estados Unidos da América que foi pioneiro nesta política de cortes e que, segundo sublinhou, “estão neste momento a repensar o seu posicionamento no sentido de retomar o anterior modelo, incentivando, cada vez mais, os esforços desenvolvidos por este canal na venda dos seus produtos”.


Bernardo Trindade:

balanço asiático


Pela parte do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, centrou o seu discurso no resumo do seu périplo pelos países asiáticos e nos benefícios que daí pode resultar para o mercado português.

Mais referiu o governante que 2008 foi o ano de consolidação da reforma e reorganização dos principais pilares do Turismo em Portugal e que foi também o ano de implementação dos novos quadros legais de todas as actividades turísticas, como seja nas agências de viagens e nos empreendimentos turísticos.

Bernardo Trindade sensibilizou ainda os cerca de 500 presentes na Torre de Macau que é decisivo o papel dos operadores turísticos e dos agentes de viagens na construção e oferta de pacotes atractivos e competitivos. Neste âmbito, disse que a própria oferta terá que encontrar formas de adaptação e procurar soluções inovadoras que lhe permitam manter a sua competitividade.

Ou seja, considera que compete às empresas ajustar o modelo de negócio e adaptar a oferta às vicissitudes da procura, e, ao Governo, criar as condições para um ambiente favorável ao crescimento e fortalecimento das empresas, que diz estar a ser feito.

Em jeito de remate disse ainda que Portugal precisa de empresas fortes e financeiramente sólidas para responder aos desafios que se adivinham. Contudo, admitiu que o Turismo português, na sólida parceria que tem vindo a construir entre Estado e sector empresarial, ultrapassará com sucesso o período de turbulência que atravessamos.