domingo, 5 de julho de 2009

Colombo's: protocolo de intenções

O Governo Regional da Madeira, depois de ter anunciado na segunda-feira, que aprovou o texto do protocolo de entendimento destinado à viabilização da conclusão do empreendimento turístico “Colombo's Resort”, no Porto Santo, assinou o mesmo na tarde de ontem. Conceição Estudante, secretária regional do Turismo e Transportes e o Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, foram duas das personalidades que em representação das entidades públicas que representam, e envolvidas no processo, assinaram o protocolo de entendimento, juntamente com representantes do Estado Português, do Millenium BCP, do Banif e da construtora Casais.
O empreendimento “Colombo’s Resort”, até então, promovido e desenvolvido pela Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo, S.A., passa a partir de agora para uma nova sociedade que é composta pelas partes envolvidas no protocolo, ontem celebrado.
O empreendimento de luxo, cujo custo, segundo os últimos dados disponíveis, estava orçado em 200 milhões de euros, encontra-se a braços com diversos “calotes”, orçados em cerca de 160 milhões de euros.
Sílvio Santos, Joaquim Coimbra e Goes Ferreira são três dos sócios mais conhecidos que até agora vinham a liderar o projecto que parou devido à falta de capital.
A partir da tarde de ontem, e na prática, espera-se que este protocolo venha possibilitar o início da actividade turística até o Verão de 2010 naquele espaço.

Conceição Estudante diz ser
um “protocolo de intenções”
A Secretária Regional do Turismo e Transportes, em declarações ao JM e RJM, disse que o memorando assinado ontem “é um protocolo de intenções” que “está ainda sujeito à verificação de uma série de pressupostos que se têm que vir a concretizar”, para que se venha a “viabilizar efectivamente”, e depois de “todos os procedimentos necessários”, a “constituição de uma nova sociedade que possa vir a desenvolver o empreendimento Colombo’s Resort, ou pelo menos parte dele”.
Conceição Estudante, lembra que a primeira reunião que desencadeou este protocolo efectuou-se no seu gabinete em Dezembro de 2008, para que “uma plataforma de entendimento sobre as condições necessárias” fosse encontrada “com os credores e com as instituições públicas”, apesar do facto, de que as “situações que surgiram” nada terem a ver com entidades públicas. A governante está convicta de que, e novamente, existem “condições efectivas” para o continuar do empreendimento, contudo, alerta que “não podemos pôr dinheiros públicos sem que estejam verificadas as garantias que de facto a nossa intervenção, que na minha opinião corresponde a uma escolha de um mal menor, viabilize o empreendimento e permita que o Porto Santo continue com o desenvolvimento que lhe está aberto e que têm potencial para concretizar”.
A “cerimónia” ontem realizada “é um primeiro passo”, mas Conceição Estudante espera que “de facto esta cerimónia formal seja mais do que isso, que não seja apenas um acto com características de visibilidade pública, promocional e eleitoralista”. A governante, espera sim, que as intenções tenham “de facto o desenvolvimento que todos desejamos para que o Porto Santo possa a breve trecho ter uma obra acabada e um estabelecimento hoteleiro a funcionar”.

in Jornal da Madeira (Marco Freitas)

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