segunda-feira, 10 de março de 2008

Retoma dos voos "directos" lá para 2010

O vice-presidente da TAP, Luíz Gama Mor, admitiu hoje que a companhia vai retomar as ligações entre a Madeira e as cidades europeias, com escalas em Lisboa e Porto, assim que as condições operacionais do aeroporto da Portela o permitam.

Palavras que caem bem depois da revelação, na semana passada, de que a TAP deixa de efectuar as ligações entre a Madeira e Milão, Madrid, Barcelona, Paris, Amesterdão e Frankfurt, nos chamados voos directos, com escalas em Lisboa e Porto, alegando precisamente restrições operacionais do Aeroporto de Lisboa.

Contudo, segundo o Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa, os trabalhos são para serem desenvolvidos durante o período 2006-2010. Pelo que se admitirá que a retoma das ligações naqueles moldes não serão tão cedo.

A ideia da empresa gestora do aeroporto é aumentar a capacidade da infra-estrutura por forma a responder ao crescimento de tráfego presente e expectável a curto e médio prazo.

Este programa de investimentos para além de procurar criar as condições necessárias ao processamento de 16/17 milhões passageiros por ano tem igualmente como objectivo aumentar os níveis de qualidade, conforto e segurança do serviço prestado aos clientes.

Não obstante, fica registada a intenção. "O nosso interesse é voltar assim que as condições operacionais do aeroporto de Lisboa o permitam", afirmou Luiz Mor. Deste modo, garantiu que logo que as obras de ampliação do aeroporto de Lisboa estiverem concluídas a TAP voltará a assegurar o serviço.

Explicou que a decisão de acabar com estes voos foi tomada devido às restrições operacionais do aeroporto de Lisboa que devem ser colmatadas com a conclusão do plano de expansão da Portela.

Com o sistema actual, o passageiro embarca na Madeira para uma cidade europeia com a qual a TAP tem ligação, mas faz escala em Lisboa. Em princípio seria sem nunca mudar de avião. Mas o que acontecia muitas vezes era mudar mesmo de avião. O que a TAP considera não ser o serviço que pretende oferecer ao passageiro.

Mas, partir de Abril, o passageiro embarca na Madeira e segue para Lisboa. Aí termina a viagem. Segue-se outra para a cidade pretendida. Para uma daquelas cinco ou para muitas outras que TAP voa com os seus aviões ou com as suas parceiras na Star Alliance.

Esta particularidade deverá exigir que o passageiro comece a pagar duas vezes taxas de transporte, quando apenas pagava esta taxa uma vez.

O vice-presidente da TAP diz que quando existe uma ligação, o aeroporto cobra uma segunda taxa. Por isso, admite que este aumento de custos para o passageiro deverá ser compensado por promoções nos preços dos bilhetes para Europa.

Luiz Mór disse ainda que a TAP vai gradualmente tentar estabelecer voos directos entre o Funchal e capitais europeias, referindo que este ano terá início um voo directo entre a Madeira e Madrid.

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