segunda-feira, 31 de março de 2008

Conceição Estudante: Caminhamos para a excelência

Somos considerados um destino de qualidade. Mas existem alguns itens a limar para que em lugar das palavras sejamos, realmente, um destino de excelência. Concorda?
Conceição Estudante — Concordo com a ideia. A questão da excelência é dinâmica. É um conjunto de actos e de intervenções que têm de ser continuamente executados. Não é um momento no tempo. O processo de qualidade tende para a excelência, sendo esta aquilo que é definido como mais utópico em relação à realidade.Neste sentido, mesmo no caminho da qualidade, ainda estamos aquém do que são os patamares mais elevados em determinados níveis e questões, tendo em linha de conta que existe o óptimo e o que é possível.

Mas como vê a Madeira? Somos, realmente um destino de qualidade?
A Madeira é, sem dúvida nenhuma, um destino de qualidade. Isso está fora de questão. Tenho a consciência disso. Entre outras variantes, tenho esse retorno internacinalmente dos clientes e dos operadores. Somos um destino de qualidade, sobretudo quando comparados com outros destinos.Agora se somos um destino de excelência, é evidente que não somos. Por isso é que adoptamos a postura de aceitar que é um processo contínuo de actos de todos. Porque a Madeira é um destino pequeno onde qualquer autor é importante, como seja o recepcionista do hotel, o transferista do aeroporto ou um empregado de uma loja ou de um restaurante.

O facto de colocar no logo do turismo “A excelência como destino” pretende dar o mote para que o sector seja um desígnio na região autónoma?
Primeiro que tudo representa o assumir da dinâmica de um processo de qualidade. E, por outro lado, que há uma motivação e o testemunho do nosso empenho para que esse processo aconteça.

A Festa da Flor tem o condão de encher os hotéis. Considera mais bem aplicados investimentos em eventos como estes, que atraem por si turistas e alegram os residentes, ou antes há que também apoiar financeiramente operadores turísticos e companhias de aviação para trazer clientes para os hotéis da região autónoma?
Não se pode fazer uma coisa ou outra. Temos de realizar as duas. Há é que criar algum equilíbrio para utilizar da forma mais adequada os recursos disponíveis.

Se o destino se valorizasse e diferenciasse por si não seria suficiente para o tornar apetecível ao ponto de dispensar os gastos com os operadores para trazerem clientes?
Existem factores que controlamos, como sejam os da valorização do destino. Mas há conjunturas internacionais no negócio turístico que ultrapassam a nossa capacidade interventiva directa. E temos de perceber o contexto onde actuamos para não ficarmos fora quando a concorrência tem atitudes pró-activas relativamente aos operadores.

Que comentário faz a “chantagens” como a do operador italiano que quer mais do que o acordado para continuar a trazer turistas para o Porto Santo?
Não chamaria chantagens...
... pressões...
... diria que é uma pressão para tentar conseguir uma maior comparticipação das entidades. É óbvio que temos de saber gerir muito bem e criar padrões de intervenção importantes para a orientação geral do que será o nosso comportamento e também para que os operadores sintam qual é a estratégia que nos propomos desenvolver. Os operadores também sabem que não estão sozinhos. Têm concorrência que pode surgir quando um se afasta.

Qual o seu posicionamento acerca de apoios aos operadores?
O que penso em relação aos operadores, sejam aéreos ou turísticos, é que as entidades e os parceiros privados devem sustentar inicialmente o arranque de operações novas, para servir de alavanca e de sustentação. Mas estamos num mundo de negócios onde cada projecto tem de criar a sua própria viabilidade, tem de criar asas e voar.

Como está o caso concreto do operador italiano no Porto Santo?
Não me posso referir em detalhe. Mas posso-lhe dizer que o pedido feito é perfeitamente exorbitante e não vamos dar esse tipo de apoio. Agora temos um programa de apoios previstos, que não é feito à medida que surgem os pedidos dos operadores. Há uma estratégia de intervenção para os diferentes mercados com priorizações, onde se enquadra o mercado italiano.Se o operador quiser continuar ficamos satisfeitos, até porque quando se refere que a operação não está a ter sucesso porque tem 70% de taxa de ocupação, permiti-mo-nos duvidar dos fundamentos, porque é um nível muito bom em qualquer negócio.

Poderá haver alguma mudança de estratégia no sentido de desenvolver mais acções de promoção junto do consumidor final?
Esse é sempre o nosso principal objectivo. Mas é difícil porque é muito cara. Não deixa de ser um objectivo mas temos a consciência dos custos e das limitações por sermos uma ilha dependente do transporte aéreo, que é uma componente relevante no processo de decisão.Mas não deixamos de chegar aos consumidor final. Não através de grandes campanhas de publicidade, mas através de muitas visitas de jornalistas da especialidade, que resultam em centenas e mesmo milhares de trabalhos em televisões, revistas e jornais.

Como vão responder a esta questão da British Airways?
Através da Associação de Promoção da Madeira vamos tomar a atitude dentro do apoio que tem de ser sensivelmente equivalente para todos os operadores.

O fundo de novas rotas não abrange...
... só abrange novas rotas. E a British Airways já operava para a Madeira há muitos anos.A fazer-se alguma coisa será no âmbito de uma campanha de publicidade no Reino Unido e não com fundos de apoio a novas rotas.

Como está a questão do transporte aéreo entre a Madeira e o continente?
Está a seguir os trâmites normais. Não disponho de informação acerca de datas.

E companhias interessadas?
Existem algumas aproximações...

... TAP, Sata, e easyJet já assumiram o seu interesse.
Estamos a falar dessas três, o que, para um mercado como o nosso seria bom. O que é importante é haver sempre alternativa.

Festa da Flor, Festival do Atlântico, Festa do Vinho e Fim-do-ano são cartazes conhecidos, que, por si, atraem já turismo. Prevê o lançamento de outras festas que possam trazer mais turistas nos períodos mais críticos?
Para este ano não vamos fazer lançamento nenhum. Isso depende muito das disponibilidades financeiras, porque cada um destes eventos envolvem custos bastante elevados.

Não tem um desejo de um novo evento?
Posso-lhe dizer que estamos muito empenhados em fazer um Festival Colombo com conteúdo mais enriquecido para o Porto Santo.Em relação à Madeira, para já, não.

O programa de passeios a pé, lançados este ano, em Janeiro, são para continuar?
É de continuar, tal como o de orientação. Até porque não faz sentido criar um evento destes num ano para o retirar no ano seguinte. Há que ter alguma continuidade para ter divulgação e estamos convictos que estes dois têm capacidade de crescer. Antes de cinco anos não se pode avaliar, embora o fim de três já temos uma ideia.

Falou do festival no Porto Santo. A ilha sempre vai receber em 2009 o Congresso da APAVT?
É um desejo. Mas é preciso ter em linha de conta que o grande sucesso de um congresso com incentivo é a sua riqueza e diversidade. Neste momento, considero que é melhor esperar para ver. Agora, a Madeira tem condições excelentes para acolher mais um congresso da APAVT, quando assim o entender e quando concertarmos esse projecto, mas no Porto Santo penso que será mais numa fase de amadurecimento da ilha com as novas infra-estruturas.

Como a questão da AP Madeira, depois dos contra-tempos?
Tenho esta semana uma reunião com a ACIF para tratarmos das questões que se levantaram na AP Madeira. Tudo vai ser resolvido e a associação vai continuar a desempenhar o seu papel.

O que espera do mercado emissor este ano?
Os indicadores que dispomos são muito favoráveis. Estamos à vontade até o Verão que já está contratado e vendido.Mas vivemos num mundo com muita contingência. Contudo, o nosso cliente, que queremos continuar a cultivar, não é muito afectado pelas crises económicas. Resumindo, julgamos que será um bom ano para o turismo.

Como está a questão das excursões e autocarros? Tem encontrado compreensão dos empresários?
Estamos a avançar com o processo. Um dos grandes pontos de dificuldades acontece nos principais miradouros, como o do Cabo Girão, cujas obras já estão adjudicadas. Já foi feito o levantamento da frequência do número de excursões e estamos a trabalhar em conjunto com a secretaria do Equipamento Social o desenvolvimento dos trabalhos para vermos se há necessidade, ou não, de um parque de segunda linha.

segunda-feira, 24 de março de 2008

II Conferência do Turismo com a OMT

A "II Conferência Anual de Turismo da Madeira" já tem data marcada: 17 de Outubro de 2008. Para a nova edição, a delegação regional da Ordem dos Economistas, que organiza, convidou o director do desenvolvimento sustentável da Organização Mundial de Turismo, Luigi Cabrini, que já esteve em Portugal a participar noutros eventos, e que aceitou estar na sessão de abertura da segunda edição consecutiva do evento.

A conferência terá como tema o “Ambiente como compromisso turístico”.

Segundo o presidente da delegação regional da Ordem dos Economistas, Eduardo Jesus, a estrutura do evento já está montada. Além disso, revela que já existem oradores, moderadores e convidados com a presença confirmada.

Nova Lei dos empreendimentos turísticos

Foi publicado no Diário da República o Decreto-lei n.º 39/2008, de 7 de Março, que estabelece o novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos.

Este diploma integra-se no programa SIMPLEX e surge na sequência das alterações introduzidas nos regimes jurídicos da urbanização e da edificação e dos instrumentos de gestão territorial, com os quais se encontra em plena articulação.

Este novo regime assenta em três princípios básicos: simplificação, responsabilização e qualificação da oferta.

Desde logo é simplificado o enquadramento jurídico do regime, ao concentrar num único diploma base as normas reguladoras da actividade, que anteriormente se encontravam dispersas por vários documentos normativos. Na mesma linha, procedeu-se a uma redefinição das tipologias de empreendimentos turísticos, que implicou uma redução de 21 para 12 tipos de empreendimentos. As pensões, estalagens, albergarias e motéis deixam de integrar tipologias autónomas e poderão optar em reclassificar-se como estabelecimentos hoteleiros, se reunirem os requisitos, ou em estabelecimentos de alojamento local, podendo, em qualquer dos casos, manter a denominação pensão, motel como designação comercial.

O princípio da responsabilização surge integrado numa lógica de regulação pelo risco e traduz-se num aumento da confiança nos empresários e promotores, através da aceitação de termos de responsabilidade pelos projectos que apresentam e, por outro lado, num aumento da fiscalização e agravamento das sanções por incumprimento.

A qualificação da oferta passa, em primeiro lugar, pela consagração de um novo modelo de classificação dos empreendimentos turísticos que será objecto de revisão periódica e que não assenta apenas nas características físicas das instalações, mas igualmente na qualidade dos serviços prestados.

Por outro lado, e tendo igualmente por objectivo a promoção da qualificação da oferta, estabeleceu-se um novo paradigma de exploração turística dos empreendimentos, com vista a garantir a integridade e a qualidade do mesmo, assente na exploração permanente de todas as unidades de alojamento pela entidade exploradora, ainda que ocupadas pelos respectivos proprietários, e no reforço dos serviços obrigatórios prestados nestes empreendimentos.

Em suma, este novo regime promoverá um maior acompanhamento e informação dos promotores, como um aumento da transparência, da celeridade dos processos e da previsibilidade dos resultados esperados. A prossecução destas metas traduzirá claramente uma diminuição da burocracia, uma maior responsabilização e uma melhor fiscalização, que se reflectirão num aumento da confiança do mercado e da valorização da qualidade da oferta.

terça-feira, 18 de março de 2008

TAP coloca A330 na linha de Caracas

Um banho com os jactos de água dos bombeiros do Aeroporto da Madeira assinalou a entrada na rota de Caracas dos Airbus 330-200 da Tap, no domingo, dia 16 de Abril. A companhia retira da linha e brevemente da companhia, os Airbus A310, que a vinham fazendo.

E hoje, dia 16 de Março, na primeira viagem Lisboa-Madeira-Caracas, na Venezuela, deu-se a particularidade de ter aos comandos do avião dois luso-descendentes: o comandante Carlos Rodriguez e o co-piloto Dany Jardim.

Tendo deixado os comandos dos Airbus A320 em 2006, o cmt Carlos Rodriguez era um dos pitotos que trouxe o Papa João Paulo II na sua visita oficial à Madeira em 1991.

Em relação à viagem de ontem, o A330 trazia a bordo da capital 232 passageiros, dos quais 198 saíram na Madeira. 34 estavam em trânsito e emabarcaram na região autónoma 155 novos passageiros, fazendo com que o avião seguisse viagem com 189 passageiros a bordo cerca das 13 horas.

Com a matrícula CS-TOF, o avião voa com o nome na fuselagem Infante Dom Henrique.

Registe-se que de manhã cedo, no sentido inverso, passou pela Madeira outro A330 da Tap, aos comandos do cmt Carlos Negrão. Trazia a bordo 166 passageiros. 77 sairam na Madeira 77. Juntaram-se aos 89 em trânsito 62 passageiros, fazendo com que o avião voasse para Lisboa com 151 passageiros.

Com a matrícula CS-TOE, o avião voa com o nome na fuselagem Pedro Alvares Cabral.

As duas imagens que encimam este texto foram obtidas por Miguel Nóbrega da Madeira Spotters e referem-se ao voo da noite que veio da Venezuela e o que seguiu no sentido inverso.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Jardim Atlântico é 3º no mundo para a Tui

O director regional do Turismo disse sexta-feira, dia 14, que cada vez mais as preocupações ambientais estão na ordem do dia. Presente na cerimónia de entrega do galardão que distinguiu o Jardim Atlântico como o terceiro melhor hotel para o operador turístico Tüi, o maior do mundo, Paulo Faria reconheceu que aquela unidade dos Prazeres, na Calheta, tem sabido que a aposta nesta área é um factor de sucesso.

Por isso, deixou a mensagem de sensibilização para que outras unidades da Madeira tenham iguais preocupações que, aliado a outras vantagens naturais competitivas da ilha, irão contribuir para termos um destino turístico sustentável.

O terceiro lugar obtido pelo quatro estrelas sucede à sexta posição que obteve o ano passado, e coloca-o numa posição relevante na oferta global do operador alemão, entre os 15 mil unidades que trabalha por esse mundo fora. E, por estar entre os 10 melhores, é considerado um prémio de ouro “Umwelt Champion in Gold”, escolhidos de uma selecção anterior que havia escolhido os 100 hotéis com melhor desempenho ambiental.

Na entrega do galardão, Jessica Theile, representante do operador na região, não escondeu a particular relevância que a Tüi dá às questões ambientais. Deixou claro ainda que os inquéritos respondidos pelos clientes, que estão na base de parte da atribuição do galardão, são monitorizados por especialistas que atestam a credibilidade da escolha que conta ainda com as respostas do próprio hotel acerca dos seus procedimentos neste domínio.

Satisfeita com o mais este prémio verde, que sustenta o caminho trilhado há anos pela unidade, a director-geral do Jardim Atlântico evidencia que tudo acontece fruto de um trabalho de equipa que envolve todos. Um trabalho que permite atrair clientes que procuram a unidade precisamente, pelas boas práticas ambientais e tudo o mais que tem associado, fugindo do rebuliço stressante diário das cidades.

Celina Neves adianta que o hotel consegue ocupações na ordem dos 70 a 80 por cento, dos quais uma boa parte é alemão, suíço e austríaco. E também escandinavo. Muitos são repetentes. Uns vêm até duas vezes por ano.

Quem também faz as suas escapadinhas são os madeirenses.

600 mil para promover o Porto Santo

O Porto Santo deverá contar com cerca de 600 mil euros para a promoção do destino. Itália, Alemanha e Inglaterra, estão entre os mercados eleitos, segundo o presidente da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.

Segundo Francisco Taboada, cerca de 300 mil euros será da responsabilidade da sociedade de desenvolvimento. Os restantes 300 mil euros serão assegurados, em iguais partes, pela Secretaria Regional do Turismo e Transportes e por privados do Porto Santo.

Este tema consta da agenda de trabalhos da reunião marcada para o dia 24 do corrente mês, em Porto Santo, na qual vai estar presente a Associação de Promoção da Madeira.

terraMinha leva 5 mil ao Porto Santo

A terraMinha, do operador Sonhando, começa na próxima sexta-feira uma operação charter directa de Lisboa para e o Porto Santo.

Ao todo, serão feitas 29 ligações em cada sentido até três de Outubro, quando termina a operação desenvolvida com a Sata International. Feitas as contas para o Airbus A320, de 165 lugares, 12 dos quais em classe executiva, a operação charter da terraMinha, com programas de sete dias no Porto Santo, vai disponibilizar uma oferta de 4.785 lugares.

Os preços apresentados na brochura terraMinha, que incluem o voo, transferes e sete noites em alojamento hoteleiro, e seguros, diferem consoante a opção de alojamento e as épocas escolhidas e a unidade (Pestana Porto Santo, Hotel Porto Santo, Vila Baleira, Torre Praia Suite Hotel, Aparthotel Luamar, Hotel Praia Dourada, Residencial Areia Dourada e Hotel Quinta do Serrado e Apartamentos Paraíso Dourado.

A brochura da terraMinha para o Porto Santo apresenta ainda três programas opcionais: uma volta à ilha, um “safari” de em Land Rover e um passeio a pé.

A maioria do capital do operador Sonhando pertende à euroAtlantic, que pertence ao Grupo Pestana.

Volta ao mundo com a Star Alliance

A Star Alliance melhorou as facilidades oferecidas pela calculadora de milhas da tarifa “Viagem à Volta do Mundo” (Round the World Mileage Calculator- RTW MC) lançada na internet em 2006.

Os clientes passam agora a dispor das seguintes novas funcionalidades para o planeamento das suas viagens: Dynamic Mapping, Seven-Day Look-Up, Historical Weather Look-Up and the Airport Finder. Além da Circle Fare e do Airpass Calculator, que já contam com estas opções, também as novas facilidades da Calculadora de Milhas da Tarifa “Viagem à Volta do Mundo”.

Com o Dynamic Mapping todos os destinos da Star Alliance são disponibilizados num mapa digital mundial que permite destacar os países ou regiões preferidos.

A Seven-Day Look Up disponibiliza todas as ligações possíveis durante uma semana para o itinerário pretendido. A escolha da melhor hora para viajar pode ser encontrada através do Historical Weather Look-Up, que fornece o histórico mensal das condições meteorológicas médias dos últimos 10 anos.

O Airport Finder indica ao cliente que aeroporto operado por uma Companhia-membro da Star Alliance está mais próximo do destino final.

“Estas novas funcionalidades aliadas às 19 Companhias-membro, aos 160 países e 897 aeroportos disponíveis a partir deste produto tarifário exclusivo da Star Alliance - Round the World Mileage Calculator -, permitem uma flexibilidade cada vez maior e um planeamento mais minucioso para um sem fim de possíveis itinerários, que melhor se adaptam às necessidades de cada cliente” disse Horst Findeisen, vice-presidente para o Desenvolvimento de Negócio da Star Alliance. “Dispomos agora das calculadoras para as Circle Fares e para os Airpasses e também para esta tarifa numa única página do site, o que dá aos clientes um alargado leque de opções, à distância de um clique, para planear os itinerários que lhes sejam mais convenientes. Isto, de uma maneira fácil e simples, 24 horas por dia, 365 dias por ano” concluiu.

A Round the World Mileage Calculator, disponível online desde Outubro de 2006, permite ao cliente o controlo de todo o processo de planeamento do itinerário desejado para as suas viagens, com as últimas actualizações dos horários de cada uma das Companhias-membro, abrangendo na totalidade mais de 17 mil voos diários. Uma viagem que cubra até 39 mil milhas possibilita fazer até 15 escalas, o que permite aos clientes uma vasta gama de opções na construção do seu percurso. Uma vez planeado o itinerário final, é possível imprimi-lo e entregá-lo ao agente de viagens ou transmitir esses dados à Companhia-membro da Star Alliance seleccionada para verificação da disponibilidade, calculo da tarifa, respectiva reserva e emissão de bilhete.

Madeira é 4º destino para a easyJet

A Madeira é o quarto destino mais procurado pelos passageiros da easyJet para a Páscoa deste ano com cerca de 4.000 passageiros previstos, que tem a particularidade de serem duas rotas (Londres, Aeroporto de Stansted e Bristol) com menos de seis meses.

Segundo as vendas já registadas na companhia branca laranja, o destino que se destacou nesta época pascal foi Genebra com cerca de 10.050 passageiros esperados para o período de 14 a 23 de Março.

A seguir aparece Londres, com mais de 8.500 passageiros e em terceiro lugar figura Paris, a eterna cidade dos enamorados com cerca de 6.150 passageiros na mesma época.

Na Páscoa de 2007, a easyJet contava com 13 rotas em Portugal, das quais apenas 5 eram a partir do Aeroporto de Lisboa (agora 14) e 8 a partir do Aeroporto de Faro (agora 9).

Um ano depois, a easyJet orgulha-se de ter 23 rotas já em operações em território nacional e mais quatro novas rotas anunciadas para o mês de Março e de Abril, uma para cada aeroporto onde já opera: Lisboa, Faro, Porto e Madeira.

A Madeira terá a sua 3ª rota que iniciará operações a 31 de Março com o Aeroporto de Gatwick em Londres, uma das rotas herdadas da compra da GB Airways.

Agências de viagens devem, mas menos

A Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais reconhece estarem errados os números do relatório da Comissão de Combate à Fraude e Evasão Fiscais divulgado pela imprensa, relativos a IVA não liquidado e PEC em falta pelas agências de viagens.

Segundo o presidente da APAVT, João Passos, os serviços da secretaria de Estado afirmaram que os 342 milhões de euros referentes ao IVA não liquidado, bem como os 74 milhões de euros relativamente ao Pagamento Especial por Conta em falta, divulgados nos media, «são afinal 342 mil euros e 74 mil euros, respectivamente».

Na sequência de uma audiência que a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo pediu e teve na sexta-feira naquela Secretaria de Estado, João Passos referiu ainda que em relação à verba em causa, foram apurados com base numa amostragem e «reconhecem que a sua validação depende dos critérios utilizados na interpretação da lei».

Foi também evidenciada, e entendida como necessária, a criação de uma comissão mista composta por representantes da APAVT e da SEAF, com vista à padronização da aplicação do IVA no sector das Agências de Viagens.

Além dos números, a APAVT considera que os critérios da administração fiscal em sede de aplicação do IVA às agências de viagens, pela sua extrema complexidade, poderão configurar incorrecções, como demonstra o procedimento por infracção iniciado pela Comissão Europeia contra o Estado português.

Porto Santo incentiva empresários

Os empresários que reinvestam so seus lucros no Porto Santo vão ter um benefício na taxa na ordem dos 15 por cento%. Esta proposta de benefícios fiscais será apresentada brevementes aos empresários.

A revelação foi feita pelo vice-presidente do Governo Regional, Cunha e Silva, que admite a possibilidade de aumentar os benefícios futuramente.

Segundo o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Roberto Silva, os 250 milhões que estão a ser investidos neste momento compensam o investimento que foi feito nos últimos seis anos pelo Governo Regional, pela edilidade e pela Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.

A imprensa da Madeira dava conta por estes dias que o poder de compra do Porto Santo era, em 2005, de 124% da média nacional, o que o colocava na 15.ª posição dos concelhos mais ricos do país.

Mais se lê que a subida da ilha na tabela iniciou-se especialmente a partir de 1995, ano em que o poder de compra dos portossantenses não ultrapassava os 46% da média nacional. Cinco anos mais tarde, já era de 78% dessa média. Em 2004, ultrapassou a média nacional em 10% e, apenas um ano depois, a distância já era de 24 pontos percentuais.

Naturalmente que estas percentagens tiveram também reflexos na posição que o Porto Santo passou a ocupar no “ranking” nacional do poder de compra concelhio. O investimento feito no Porto Santo fez o concelho passar do 171.º lugar para o 15.º, em apenas uma década.

Porto Santo vai ter mais hotéis

O presidente da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo abordou o projecto de aldeamento turístico que está previsto para a zona do campo de golfe na “Ilha dourada”.

Segundo avançou, estão previstas três unidades hoteleiras, cada uma com cerca de 100 quartos, e ainda moradias turísticas.

Francisco Taboaba diz que já existem investidores interessados, entre irlandeses e espanhóis e igualmente dos grupos Pestana e Siram.

Mais adiantou que a curto prazo, o concurso público para o efeito avançará sendo que a construção terá de obedecer ao masterplan elaborado por uma equipa norte-americana, onde se evidencia, nesta fase, o posicionamento em degraus, a não exceder os dois pisos.

Portugal é 15º destino no mundo

Portugal subiu sete lugares na edição deste ano do Travel and Tourism Competitiveness Index, elaborado pelo World Economic Forum, tendo passado a ocupar a 15ª posição entre 130 países, com uma pontuação média de 5,1 numa escala de um a sete.

Em 2007 Portugal ocupava o 22 lugar numa lista de 124 países com uma média de cinco pontos, na mesma escala.

O relatório que faz uma análise da competitividade de 130 países no sector do turismo e viagens assente em 14 tópicos divididos em três sub-índices designadamente: quadro regulador (Travel & Tourism (T and T) Regulatory Framework), ambiente para os negócios e infra-estrutura (T and T Business Environment and infraestructure) e recursos humanos, culturais e naturais (T and T Human, Cultural and Natural Resources).

No sub-índice que analisa o enquadramento regulamentar do sector do turismo, Portugal fica na 14ª posição, melhor que a média global, mas três posições abaixo da que tinha na edição de 2007.

Neste sub-índice, Portugal ocupa a 15ª posição no tópico de “sustentabilidade ambiental” e o 30º no de “saúde e higiene”, um item em que Portugal piorou já que tinha obtido a 17ª posição no ano anterior.

O pior resultado de Portugal é no sub-índice que agrupa os factores relacionados com ambiente para os negócios e infra-estruturas, no qual ficou na 22ª posição, tal como na edição de 2007, com uma pontuação média de 4,8 pontos (4,5 em 2007).

O melhor resultado neste conjunto de factores foi na avaliação da infra-estrutura turística, onde, com 6,3 pontos (a segunda melhor pontuação entre todos os aspectos avaliados) se cotou na 13ª posição mundial.

Ainda assim, e embora tenho uma pontuação superior à da edição de 2007 (5,9), outros destinos tiveram melhores desenvolvimentos e Portugal cai quatro posições nesse ranking.

À semelhança do que já acontecia em 2007, o pior resultado no sub-índice é provocado pelas avaliações da competitividade dos preços do sector das viagens e turismo (86ª posição mundial), infra-estrutura do transporte aéreo (31ª) e infra-estrutura de comunicações e telecomunicações (30ª), mas cotando-se nos três casos melhor que na edição de 2007, em que ocupava nesses factores as posições 102, 35 e 33.

A melhor “cotação” de Portugal é no sub-indice dedicado os recursos humanos, culturais e naturais, em que ocupa o 11º lugar mundial, com uma pontuação média de 5,2.

Neste grupo de factores, Portugal sobressai pela positiva no tópico “recursos culturais”, em que se cota como o nº 2º mundial, perdendo apenas para Espanha.

Os recursos culturais são, aliás, o suporte do lugar ocupado no sub-índice, já que em todos os outros aspectos a melhor posição no ranking é a 34ª, com 5,1 pontos, em educação e formação.

A pior “cotação” é no item “recursos naturais” em que fica na 81º posição, seguida da avaliação em “Afinidade pelo T&T” em que ocupa a 42ª e disponibilidade de mão de obra qualificada, em que fica na 39ª posição.

Em 2007, relativamente a este sub-índice, os itens não são os mesmos, tendo os recursos naturais e culturais sido avaliados em conjunto, o que colocou Portugal no 25 posto, ainda assim a melhor pontuação desse ano.

A pior avaliação atribuída a Portugal em Portugal neste parâmetro foi na “disponibilidade de mão de obra qualificado”, em que ficou no 80º lugar.

Suíça, Áustria, Alemanha, Austrália e Espanha são os países líderes do Travel and Tourism Competitiveness Index, seguindo-se Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, Canadá e França.

Por sub-índices, a Suíça foi a nº1 em quadro regulador da actividade, a Austrália em recursos humanos, culturais e naturais e os Estados Unidos em ambiente para os negócios e infra-estruturas.

Portway mais "verde"

A portway – Handling de Portugal, S.A. obteve a Certificação Ambiental pela TÜV Rheinland segundo a Norma ISO 14001:2004, para as direcções de unidade de handling dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira e para a prestação de serviços de operações, passageiros, carga e placa.

Com esta certificação a Portway, que faz parte do grupo ANA, passa a ser a primeira empresa de handling a estar certificada ambientalmente em Portugal, diz um comunicado da empresa. O mesmo comunicado informa na sequência da implementação da certificação ambiental estão previstas acções como a plantação de árvores proporcional ao impacto gerado das emissões de carbono pelas suas Unidades de Handling e numa segunda fase pelas companhias aéreas que assiste nos aeroportos.

A Portway, que já é certificada segundo a norma de Qualidade DIN EN ISO 9001:2000 e dispõe de uma Política Oficial de Qualidade e Ambiente tem ainda previstas em consequência da certificação ambiental o controle do consumo de recursos escassos, a substituição de equipamentos por outros mais amigos do ambiente, ou a diminuição do consumo de papel através de um processo de informatização administrativo e operacional realizado com programa informático criado e desenvolvido pela empresa de handling, finaliza a nota.

Convento do Carmo com marca Pestana

A unidade do Grupo Pestana em Salvador da Bahia, do Convento do Carmo, passou a adoptar uma nova designação. A intenção é potenciar a associação à marca Pestana Hotels & Resorts, que já conta com nove anos de trabalho e uma rede de 10 unidades na América Latina.

Assim, a nova designação da unidade passa a ser “Pestana Convento do Carmo Hotel”, “Member of Pousadas de Portugal”.

Segundo Luigi Valle, vice-presidente do Grupo Pestana, a alteração da designação visa tirar partido da marca Pestana Hotels & Resorts no Brasil e afastar o termo pousadas que, naquele país, não é uma designação que estimule a procura por parte de clientes de alta categoria, por estar associado a um conjunto diversificado que vai da mais pobre das ofertas a outras de requinte.

O Convento do Carmo foi inaugurado em finais de Outubro de 2005, em pleno centro histórico da capital do estado da Bahia, no edifício que lhe deu o nome, cujo início da construção remonta a 1586.

Constitui a primeira Pousada de Portugal fora de Portugal.

O Convento do Carmo é membro da rede de hotéis de luxo The Small Leading Hotels of The World.

No prazo de três anos o grupo prevê abrir ao público o Museu do Carmo, que contará com um acervo de aproximadamente duas mil peças.

domingo, 16 de março de 2008

BPI com Open de Golfe da Madeira

O Clube de Golfe do Santo da Serra acaba de anunciar o acordo com o BPI, que passa a integrar a lista de patrocinadores do Madeira Islands Open BPI – Portugal.

O evento do PGA European Tour, o Circuito Profissional Europeu de golfe, decorrerá de 19 a 23 de Março do corrente mês.

Trata-se da segunda vez, consecutiva, que o BPI se junta ao Governo da Região Autónoma da Madeira, ao Turismo da Madeira e ao Turismo de Portugal nesta aventura de 16 anos de abrir em solo europeu o calendário oficial do PGA European Tour.

O presidente do clube de golfe, António Henriques, considera a parceria com o BPI muito positiva atendendo a que, como evidencia, a experiência do ano passado correu francamente bem.

Além disso, sublinha que, dada a difícil conjuntura nacional em que nos encontramos, a parceria, que já era de grande estimação, vem viabilizar a realização do Madeira Islands Open BPI – Portugal de 2008.

Heliatlantis, o terceiro vértice da qualidade

A Heliatlantis voltou aos céus da Madeira. Na apresentação da nova imagem e posiciosamente da transportadora, a quatro de Março, Sílvio Santos, presidente do Grupo Siram, que tem a maioria do capital da empresa, assentou o novo desígnio na qualidade do serviço, agora que o helicóptero, que regressou de uma grande revisão, surge no mercado pintado de negro.

Para o empresário, o novo posicionamento da Heliatlantis constitui o terceiro degrau de uma caminhada em prol da excelência do destino Madeira e Porto Santo, que recorda ter começado com o Colombo’s Resort, na “Ilha dourada”, que prevê apresentar no final do ano. E que continuou com o novo reposicionamento do restaurante O Molhe, que abriu no final do ano passado, em parceria com o Grupo Lágrimas Hotels & Emotions.

Por isso mesmo, Sílvio Santos disse que está a acrescentar valor ao destino.

Aliado à imagem, o grupo entendeu por bem reforçar o posicionamento no segmento de mercado de qualidade. Nesse sentido, aliou-se à BMW, que passa a disponibilizar dois automóveis topos de gama para irem buscar e levar clientes aos hotéis não só para viagens de helicóptero como igualmente para o restaurante. No fundo, um cruzamento de marcas, à qual alia ainda à revista Essencial.

Na oportunidade, Sílvio Santos falou ainda acerca da intenção de vir a permitir o transporte rápido de clientes que cheguem ao Aeroporto da Madeira dos mais variados destinos para o Porto Santo no helicóptero. Uma estratégia que deixou clara vir a ser reforçada caso a procura assim o exija e se outras companhias como a Sata não derem a resposta que considera adequada.

terça-feira, 11 de março de 2008

Quinta Tour quer mais Madeira

A “Quinta Tour”, um dos maiores operadores russos, mantém conversações com a operadora aérea espanhola Futura Air para organizar um voo charter semanal entre Moscovo e a Madeira, mas Irina Serganova, directora do operador, sublinha que isso só será possível se as autoridades turísticas portuguesas apoiarem financeiramente o projecto.

O número de turistas russos que escolhem Portugal como destino turístico tem aumentado nos últimos anos e a tendência é para crescer ainda mais, mas, para isso, é necessário aumentar o número de ligações aéreas directas entre os dois países.

TAP baixa tarifa para assumir taxa

A TAP decidiu baixar as tarifas em igual montante às taxas aeroportuárias adicionais, em função da nova numeração de voos a partir da Madeira para os destinos Amsterdão, Barcelona, Madrid, Roma, Milão, Paris e Frankfurt, fazendo com que o cliente pague o mesmo preço final.

Esta foi a forma que a companhia entendeu por bem por em prática para compensar a obrigatoriedade de pagamento das referidas taxas nas escalas intermédias em Lisboa a partir do Verão Iata, que começa no próximo mês de Abril. Nessa altura, como já foi noticiado, a TAP irá descontinuar os designados voos “through flight”, entre a Madeira e diversos destinos europeus. Trata-se de voos com escala em Lisboa, mas com o mesmo número nos dois percursos com os quais se pretendia oferecer um trânsito mais cómodo aos passageiros.

Contudo, a companhia sublinha que vão manter-se exactamente as mesmas ligações, os mesmos horários e os mesmos preços, podendo o passageiro continuar a fazer o seu check-in e despachar a sua bagagem até ao destino final.

Segundo a TAP, esta medida resulta da constatação da impossibilidade operacional de concretizar os objectivos pretendidos, o que implicava que já não estivesse a ser possível oferecer na maioria das situações as condições de trânsito esperadas.

Desta forma, a TAP evidencia que os passageiros que viajam entre a Madeira e as referidas cidades continuarão a fazê-lo exactamente nos mesmos horários. Mas fica claro que poderão ter de mudar de avião em Lisboa, o que admite antes já ocorrer algumas vezes.

Perante esta situação, a TAP decidiu esclarecer que, ao contrário do que tem sido referido em alguns órgãos de comunicação social, a TAP não cancelou quaisquer voos directos entre a Madeira e cidades europeias. Antes pelo contrário, acentua que vai acrescentar um novo destino: Madrid.

Mais adianta que o seu objectivo final continuará a ser, sempre que possível e que as condições de mercado o justificarem, a oferta de voos directos, sem escala intermediária.

Mais no Verão

Entretanto, com o aproximar do Verão IATA, a TAP consolida as suas apostas para os próximos meses, já anunciadas em Janeiro na BTL, em Janeiro, com o objectivo de melhorar o serviço.

Assim, a situação dos voos que servem a Madeira passará a ser a seguinte: Lisboa-Madeira, criação de uma nova frequência, de Julho a Setembro, a juntar às oito diárias habituais; Porto-Madeira, com a criação, no início do Verão IATA, de uma nova frequência, a terceira; Lisboa e Porto-Porto Santo, mantêm-se os habituais três voos directos semanais de Lisboa, que passarão a quatro nos meses de maior procura, período em que haverá igualmente uma ligação semanal entre o Porto e Porto Santo; Madeira-Caracas, mantém-se um voo directo semanal, passando a dois, e até a três, nos períodos de maior procura; Madeira-Londres, mantém-se um voo diário e, finalmente, Madeira-Madrid, nova ligação semanal a operar entre 5 de Julho e, para já, até 27 de Setembro.

Em jeito de remate, a TAP recorda ainda que mantém o seu acordo comercial com a SATA, que permite oferecer mais duas ligações diárias entre Lisboa e a Madeira e uma ligação semanal directa entre a Madeira e Paris.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Para descontrair

Sata quer açorianos em Canárias

A Sata Air Açores inicia a 3 de Junho uma ligação regular entre a Madeira e Las Palmas, com dois voos por semana, que permitem também ligações com “curta escala” a passageiros procedentes de Lisboa, em voos da Sata Internacional, e de Ponta Delgada, em São Miguel, segundo informação do grupo aéreo açoriano.
“Com o objectivo de oferecer aos passageiros que vêm os Açores ou do continente a oportunidade de seguirem viagem para o arquipélago das Canárias, as companhias aéreas [Sata Air Açores e Sata Internacional] planearam esta operação em continuidade”, diz um comunicado do Grupo, salientando que desta forma possibilita “viajar na Sata de Lisboa para Las Palmas com uma curta escala na Madeira, ou viajar de Ponta Delgada para Las Palmas com curta escala naquele aeroporto”
Os novos voos serão operados em aviões British Aerospace ATP com capacidade para 60 passageiros e têm uma duração de aproximadamente 90 minutos.
As partidas da Madeira são às 10h30 de terças feira e às 14h30 de Sábado.
O comunicado do Grupo
Sata refere que no último ano a Sata Air Açores “efectuou várias ligações charter entre a Madeira - Grã Canaria e Tenerife”, acrescentando que foi “na sequência desta operação aérea e do manifesto sucesso destas ligações” que decidiu lançar “esta nova rota regular, com o objectivo de alargar o âmbito da sua operação aérea ao arquipélago das Canárias, desta feita numa base regular”.
O comunicado anunciar ainda que a
Sata Internacional, que assegura as ligações com o exterior do arquipélago (a Sata Air Açores opera ligações inter-ilhas dos Açores e Madeira) “vai intensificar ao longo de todo o Verão as ligações entre os arquipélagos dos Açores e da Madeira, com a oferta de três voos por semana”.

Retoma dos voos "directos" lá para 2010

O vice-presidente da TAP, Luíz Gama Mor, admitiu hoje que a companhia vai retomar as ligações entre a Madeira e as cidades europeias, com escalas em Lisboa e Porto, assim que as condições operacionais do aeroporto da Portela o permitam.

Palavras que caem bem depois da revelação, na semana passada, de que a TAP deixa de efectuar as ligações entre a Madeira e Milão, Madrid, Barcelona, Paris, Amesterdão e Frankfurt, nos chamados voos directos, com escalas em Lisboa e Porto, alegando precisamente restrições operacionais do Aeroporto de Lisboa.

Contudo, segundo o Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa, os trabalhos são para serem desenvolvidos durante o período 2006-2010. Pelo que se admitirá que a retoma das ligações naqueles moldes não serão tão cedo.

A ideia da empresa gestora do aeroporto é aumentar a capacidade da infra-estrutura por forma a responder ao crescimento de tráfego presente e expectável a curto e médio prazo.

Este programa de investimentos para além de procurar criar as condições necessárias ao processamento de 16/17 milhões passageiros por ano tem igualmente como objectivo aumentar os níveis de qualidade, conforto e segurança do serviço prestado aos clientes.

Não obstante, fica registada a intenção. "O nosso interesse é voltar assim que as condições operacionais do aeroporto de Lisboa o permitam", afirmou Luiz Mor. Deste modo, garantiu que logo que as obras de ampliação do aeroporto de Lisboa estiverem concluídas a TAP voltará a assegurar o serviço.

Explicou que a decisão de acabar com estes voos foi tomada devido às restrições operacionais do aeroporto de Lisboa que devem ser colmatadas com a conclusão do plano de expansão da Portela.

Com o sistema actual, o passageiro embarca na Madeira para uma cidade europeia com a qual a TAP tem ligação, mas faz escala em Lisboa. Em princípio seria sem nunca mudar de avião. Mas o que acontecia muitas vezes era mudar mesmo de avião. O que a TAP considera não ser o serviço que pretende oferecer ao passageiro.

Mas, partir de Abril, o passageiro embarca na Madeira e segue para Lisboa. Aí termina a viagem. Segue-se outra para a cidade pretendida. Para uma daquelas cinco ou para muitas outras que TAP voa com os seus aviões ou com as suas parceiras na Star Alliance.

Esta particularidade deverá exigir que o passageiro comece a pagar duas vezes taxas de transporte, quando apenas pagava esta taxa uma vez.

O vice-presidente da TAP diz que quando existe uma ligação, o aeroporto cobra uma segunda taxa. Por isso, admite que este aumento de custos para o passageiro deverá ser compensado por promoções nos preços dos bilhetes para Europa.

Luiz Mór disse ainda que a TAP vai gradualmente tentar estabelecer voos directos entre o Funchal e capitais europeias, referindo que este ano terá início um voo directo entre a Madeira e Madrid.

quinta-feira, 6 de março de 2008

TAP e a tempestade num copo de água


Existem tempestades que se fazem simplesmente num copo de água.

A decisão da TAP em suspender voos da Madeira para algumas cidades europeias (e não para as capitais europeias como para aí muito se escreveu, porque, pelas minhas contas, apenas duas das cinco cidades se enquadram nesse domínio) apenas diz respeito à empresa.

Existem critérios de gestão contra os quais as palavras não argumentam. Sobretudo quando se comprova que a Madeira não é tão prejudicada como se apregoou por esses media.

Afinal de contas nos voos, chamados directos, mas que têm uma escala pelo meio em Lisboa ou no Porto, para cidades como Madrid, Barcelona, Paris, Amesterdão e Milão, os passageiros da Madeira para esses destinos são residuais. Segundo uma fonte aeroportuária, o grosso dos passageiros dos voos da TAP, em mais de 90 por cento, se destinam a Lisboa ou ao Porto. Só uma expressão residual desse tráfego é que se destina às capitais europeias.

A TAP diz que a razão desta alteração, a partir de Abril, se prende com o facto de não estar a prestar um bom serviço em Lisboa, devido a constrangimentos no aeroporto da capital.

Segundo a companhia, o que vai acontecer agora é que o passageiro embarca na Madeira, vem para Lisboa e tem de mudar de avião para seguir para o destino. Uma situação que admite já se verificar algumas vezes. Por isso a TAP decidiu acabar com aqueles voos para dar mais transparência e não prejudicar o passageiro.

Até porque os voos de Lisboa e do Porto para aquelas cidades continuam, pelo que haverá todo o interesse em conseguir ligações rápidas. Mas a verdade é que não se pode olhar apenas para o mercado da Madeira. Há que pensar nos Açores e em Faro. E conseguir horários corridos para todos os interessados que queiram ir para esta ou outras cidades que companhia voa ou em code-share, estou convencido que nem com uma frota de 500 aparelhos.

Acreditando que não há nada mais que isto, penso que, mais uma vez se está a atingir a TAP, uma empresa cuja gestão deveria ser um orgulho para todos os portugueses. De uma transportadora que esteve na iminência de acabar, como a Swissair ou a Sabena, hoje conseguiu transformar as contas sempre num vermelho crescente em resultados positivos, e é uma das empresas de topo nacional que mais exporta.

E se a TAP se candidatasse ao Fundo de Novas Rotas para voos directos, sem escalas, para estas e outras cidades? Teria a sua piada e, quanto a mim, toda a legitimidade.

Uma nota final. Penso que a TAP, mesmo que andasse a tempo e horas e não perdesse tantas malas como, infelizmente acontece, ainda haveria muita gente que apontaria o dedo pelo facto de ter as cores que tem; por não utilizar Boeing, em lugar de Airbus; por não conseguir evitar poços de ar e alguma turbulência; por não conseguir deixar de dar a volta quando aterra na Madeira do lado de Santa Cruz; por não servir espetada com vinho seco nos voos domésticos, ou, simplesmente porque não tinha voos de cinco em cinco minutos.

Afinal de contas, enquanto outras companhias vieram e foram, a TAP sempre foi a companhia dos madeirenses. Desde que o aeroporto foi construído nos anos 60.