sábado, 20 de junho de 2009

Windsor apresenta a 25 acordo com BinterCanarias



A Windsor Travel formalizou um acordo com a BinterCanarias no início do mês que faz com que a agência de viagens madeirense passe a ser o agente geral de vendas da companhia aérea canariana na região autónoma.
A assinatura do acordo teve lugar em Gran Canária, numa cerimónia onde esteve presente Willy Sousa, director-geral da Windsor Travel, e Jesús Santana, coordenador-geral da BinterCanarias.
A nova aliança será divulgada na Madeira no próximo dia 25 de Junho durante o programa de apresentação oficial da BinterCanarias na Região onde serão convidados representantes das entidades políticas ligadas ao turismo de ambos os arquipélagos bem como os profissionais do sector, agentes e operadores de viagens.
Com mais de 35 anos de experiência no mercado do turismo, a Windsor Travel é uma das mais importantes agências de viagens da Madeira. E, com este acordo, assumirá as funções de representante institucional da BinterCanarias e a gestão comercial da companhia aérea junto da rede regional de agências de viagens com o intuito de promover todas as ilhas de Canárias como um destino turístico de qualidade e excepção.
A Windsor Travel terá assim a responsabilidade de criar pacotes turísticos para viajar para todas as ilhas que estarão assim mais próximas dos madeirenses e disponíveis em todas as agências de viagens da Madeira, a preços que a agência diz serem “muito interessantes”.
A BinterCanarias é a única companhia aérea que une as sete ilhas do arquipélago espanhol, pelo que os pacotes turísticos a apresentar irão permitir voar para qualquer uma delas.
Está prevista a apresentação de uma ampla gama de pacotes de Verão como fugas de fins-de-semana, viagens especiais para famílias e viagens temáticas para realizar alguma actividade concreta como por exemplo a prática do golfe.
Desde Julho de 2004 que a BinterCanarias liga regularmente a Madeira e Canárias, sendo a única companhia aérea capaz de oferecer as conexões aéreas entre as diferentes ilhas de Canárias com voos de meia em meia hora.
A rota Madeira-Canárias mantém um tráfego regular durante todo o ano, com duas frequências semanais, operadas por aviões de ATR 72 – 500, o modelo de referência no transporte regional.

Miguel Cymbron: Turismo dos Açores reage bem à crise

O director regional do Turismo, Miguel Cymbron, diz em exclusivo a este jornal que em tempo de crise global, cresce, no exterior, o interesse dos turistas pelas nossas ilhas.

*Dados do Serviço Regional de Estatística revelam que nos primeiros meses do ano, os Açores, foram a região do País com maior crescimento no turismo. Esta tendência pode vir a ser contrariada pelos efeitos da crise económica internacional?*
Efectivamente, os Açores foram uma das regiões do País que demonstrou maior crescimento no número de dormidas durante os primeiros meses do ano. Já os números de Março - se bem que condicionados pelo facto da Páscoa de 2008 ter sido nesse mês - demonstram que os Açores também perderam dormidas, apesar de perderem menos do que a generalidade das regiões nacionais. Analisando o acumulado dos três primeiros meses, os Açores são a Região que melhor tem reagido aos efeitos da crise. O Governo Regional sempre disse que os efeitos da crise financeira nos nossos principais mercados emissores acabariam por se reflectir nos números de dormidas. O que estamos a fazer, é trabalhar para minorar esses mesmos efeitos. Ainda este mês foi lançada uma nova campanha promocional no mercado nacional, a par de outras iniciativas que estão em preparação, uma vez que acreditamos que esta situação poderá ser invertida ao longo do ano.

O facto de não haver voos low cost para os Açores contribui para que menos pessoas visitem o Arquipélago?
A partir do Inverno passado os Açores passaram a ter uma low cost em operação - Air Berlin. Só que a Air Berlin é o que tecnicamente se chama uma companhia híbrida, uma vez que também trabalha com os tour operadores. Deste modo, poder-se-á dizer que está no “melhor dos dois mundos”, tirando partido da sua grande notoriedade e das suas políticas de pricing para captação do cliente directo e aproveitando a sua dimensão para convencer mais operadores a programarem o destino Açores. No entanto, esse argumento tem sido uma falsa questão, uma vez que a generalidade dos pacotes disponíveis nos mercados apresentam relações qualidade/ preço muito competitivas para quem nos quer visitar.


Muitos empresários e cidadãos queixam-se do preço exorbitante das tarifas aéreas para a Região. É este o calcanhar de Aquiles do turismo açoriano?
Antes de mais, julgo estar a referir-se às tarifas praticadas no mercado nacional. Essa classificação de exorbitante não é correcta. A situação passa pelo facto da estratégia desenvolvida neste mercado estar alicerçada nos tour operadores. Neste contexto, a Região tem vindo a apresentar preços muito competitivos ao nível dos programas disponíveis para quem nos visita. Em termos de vendas directas, as recentes tarifas promocionais disponibilizadas pela transportadora aérea regional também são um passo no sentido de transformar, cada vez mais, os Açores, num destino acessível, pelo que não é correcto referir um suposto “calcanhar de Aquiles” no nosso turismo. O que aconteceu é que os Açores ao longo da última década conheceram taxas de crescimento verdadeiramente excepcionais e que não se podiam manter acima dos dois dígitos de forma permanente. O que a actual crise tem demonstrado é que os Açores têm conseguido resistir às dificuldades levantadas pela difícil conjuntura internacional.

Tem-se notado um grande crescimento do turismo na ilha de S. Miguel. É expectável que as ilhas de menor dimensão, nomeadamente as ilhas do Fundo do Coesão, possam vir a ter um maior desenvolvimento do turismo?
As ilhas da Coesão estão já a assistir a um substancial leque de investimentos que têm como fim último um maior desenvolvimento do sector do turismo. É isso que acontece, por exemplo, com a aposta muito significativa que o Governo dos Açores tem feito ao nível do transporte marítimo de passageiros inter-ilhas, com a renovação da frota da Sata Air Açores, com a construção de núcleos de recreio náutico em quase todas as ilhas do Arquipélago, entre outros investimentos. Além disso, convém recordar também a construção dos hotéis da Graciosa e das Flores. São investimentos que, seguramente, vão permitir um maior desenvolvimento do Turismo nessas ilhas.

As potencialidades turísticas da Região são ainda insuficientemente divulgadas na internet?
A internet tem sido uma ferramenta muito útil na divulgação dos Açores. Neste sentido, poderemos identificar dois principais vectores: a venda e a informação. Ao nível da venda, os Açores já se encontram presentes num conjunto de sites internacionais que são referência no sector. Em relação à informação, a Região Açores, em parceria com a ATA, pretende revolucionar a sua promoção on-line com a produção de um novo site que estará no topo da inovação.

Que nichos de mercado importa preservar e desenvolver na captação de turistas para os Açores?
Os Açores estão actualmente na fase de implementação de um novo plano estratégico e de marketing para o nosso turismo. Um plano que aposta na Natureza e no Ambiente, mas de uma perspectiva activa: ou seja, estamos a promover experiências de contacto com a Natureza, como são os casos da observação de cetáceos, mergulho, pedestrianismo, vulcanologia, cicloturismo, etc.

Que passos têm sido dados para o incremento do turismo de Natureza?
Tal como no caso da formação, também aqui o Governo tem um papel de parceiro dos nossos empresários. A nossa Região possui um regime de incentivos muito interessante e que tem sido elogiado. O incremento do turismo de natureza faz-se com a disponibilização de mais serviços, para isso as empresas que queiram apostar nestas áreas devem aproveitar todas as potencialidades dos regimes de incentivos existentes. A classificação dos Açores, pela National Geographic Traveler, como as “2ª melhores ilhas do mundo para o turismo sustentado” é o melhor exemplo que poderemos apresentar para o trabalho que tem sido desenvolvido.

Apostar sempre na formação

É ou não necessário apostar mais na formação de quem trabalho no sector turístico nos Açores?
Não compete ao Governo dos Açores classificar a qualidade do atendimento nas áreas relacionadas com o turismo. Ao Executivo compete criar os mecanismos necessários para melhorar, cada vez mais, a qualidade da nossa oferta. É isso que tem sido feito com o apoio às áreas da formação profissional Tal como em outros aspectos do nosso Turismo, esta é uma área que tem vindo a conhecer uma melhoria gradual e que continuará a ser uma aposta do Governo, quer através das diferentes escolas de formação, quer pela via dos apoios que tem disponibilizado aos empresários do sector.


Em termos de mercados, o turismo nórdico traz poucas mais-valias para a Região?
A aposta no turismo nórdico não terminou e, como se pode ver pelas estatísticas, os visitantes dessa zona da Europa continuam a ter um peso significativo no número de dormidas. O que o Governo dos Açores pretende é diversificar, igualmente, os mercados emissores. Este trabalho está a ser feito através de uma maior penetração nos mercados tradicionais (nacional, alemão, inglês, americano e canadiano) e da procura de novos mercados, tais como o italiano, francês, holandês, entre outros.

Perfil

Miguel de Oliveira Rodrigues Cymbron nasceu a 13 de Setembro de 1970. A sua vida académica e profissional está intimamente ligada à indústria do turismo. Das suas habilitações académicas, destaque para o curso de graduação em Direcção Hoteleira, leccionado pela Escola de Formação Turística e Hoteleira. Miguel Cymbron possui também a licenciatura em Direcção e Gestão de Operadores Turísticos – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Do seu currículo profissional saliente-se as funções de director comercial do Porto Palácio Congress Hotel & SPA e das Pousadas de Portugal. Como director de vendas e marketing,k trabalhou na Blandy Travel/Eurocongressos e na Bensaúde Turismo-Hotéis. Exerceu também as funções de chefe de balcão da JFM Tours - Agência de Viagens e Turismo. Actualmente desempenha as funções de Director Regional de Turismo.

in Expresso das nove (Tibério Cabral)

Aigle Azur estuda Madeira

A companhia de aviação Aigle Azur está a estudar a entrada na Madeira para voos entre a Região Autónoma da Madeira e Paris, em França.
Para já, a transportadora vai reforçar as ligações entre o Porto e Paris, a partir de Julho.
Com ligações a partir do Porto, Lisboa e Faro, a Aigle Azur está a estudar a possibilidade de uma ligação directa entre Portugal e a Argélia, os dois principais mercados da companhia aérea francesa.
A companhia Aigle Azur começou a voar para Portugal, em Abril de 2006, tendo-se tornado o segundo mercado da empresa, que registou um crescimento médio de 20% no último ano.

Lei de bases do Turismo aprovada

O Conselho de Ministros aprovou quinta-feira o Decreto-Lei que define as bases das políticas de desenvolvimento da actividade turística.
O DL vem definir as bases das políticas de desenvolvimento da actividade turística, consagrando num diploma legal, de forma sistematizada, os grandes princípios que devem orientar e balizar as políticas para o turismo, tendo em vista a consolidação do sector como actividade estratégica para a economia nacional.
São definidos os princípios estruturantes das políticas públicas de turismo, salientando-se a transversalidade do sector, que torna fundamental a articulação das várias políticas sectoriais, compatibilizando as intervenções do Estado, das regiões autónomas e das autarquias locais que se repercutam directa ou indirectamente no desenvolvimento do turismo.
É eleita a competitividade dos agentes económicos e consagrado o princípio da livre concorrência como factores determinantes do desenvolvimento do turismo, assegurando igualmente a participação dos interessados na definição das políticas públicas.
Paralelamente, são apontadas como áreas prioritárias de incidência das políticas públicas de turismo os transportes e acessibilidades, maxime o transporte aéreo, a qualificação da oferta, a promoção, o ensino e formação profissional e a política fiscal.
A aprovação da Lei de Bases do Turismo dá, assim, cumprimento ao estabelecido no programa do Governo e encerra a reforma dos instrumentos legislativos previstos neste programa, num processo que obteve uma ampla participação do sector privado.

João Welsh: Agêngias têm de saber diferenciar

“Turismo: Vencer em concorrência” é o tema do 35º Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo marcado para Vilamoura, no Algarve, entre 26 e 29 de Novembro deste ano.
João Welsh, delegado na Madeira da associação representativa das agências de viagens nacionais diz que o tema, tal como outros de congressos anteriores, procura encontrar caminhos para questões actuais. Neste caso concreto, vencer em concorrência, sublinha que se trata de procurar definições de espaços dentro das próprias agências de viagens, que, devido à evolução de todo o sector do Turismo, tiveram de se se adaptar e multiplicar o painel de serviços prestados através de diferentes segmentos de negócio.
O empresário madeirense acentua que, num ambiente cada vez mais concorrencial, importa perceber as valências de cada empresa no sentido de ir ao encontro dos desejos dos clientes. No fundo, sublinha, todos têm a ganhar com a percepção clara de como pode cada estrutura prestar um serviço diferenciador e com valor acrescentado.
Quanto ao congresso propriamente dito, podemos adiantar que, entre as confirmações de presenças temos já o recém-eleito secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, e do presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten.
Quanto à estrutura dos painéis de trabalho, sabe-se já que irão abranger a qualificação dos recursos humanos e do produto, a distribuição e as vendas.
A edição deste ano será mais curta que as anteriores, com apenas três dias de trabalhos (é suprimido o dia de visitas) e, para João Passos, presidente da associação, o facto de se realizar entre portas pretende que constitua um claro sinal de que “estamos, em sintonia com todo o sector, verdadeiramente determinados em contribuir para vencer estes desafios e regressar rapidamente ao crescimento que todos merecemos”.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Madeira vista por milhares em Viena

O filme publicitário Body.Mind.Madeira., do Turismo da Madeira, com a duração de 30 segundos, está a ser passado no ecrã gigante que se encontra na Opera House de Viena, na Áustria. Segundo a Associação de Promoção da Madeira, o objectivo visa o reforço da campanha que está a decorrer nos eléctricos de Viena.
Em termos concretos, o ecrã exibe os espectáculos que estão a decorrer para as pessoas que não tiveram oportunidade de assistir.
E, no intervalo, é emitido o spot promocional da Madeira.
Trata-se de um suporte visto por cerca de 80 mil pessoas por dia. A campanha está a decorrer nos meses de Verão, altura em que Viena está cheia de turistas.
São três meses de campanha, cuja primeira fase se iniciou no primeiro fim-de-semana deste mês. A segunda arrancará a 1 de Setembro. De referir ainda que o spot está a ser emitido quatro vezes por cada dia de espectáculo.
A ideia é que a campanha contribua para começar a alterar a tendência negativa que se tem vindo a verificar no mercado austríaco em relação ao destino Madeira.
Noutro âmbito, à semelhança do que foi feito no ano anterior, a Associação de Promoção da Madeira, em cooperação com a Carlson Wagonlit, promove uma campanha que decorrerá de 19 de Junho a 5 de Julho, em todas as montras das agências de viagem.
As montras promovem em exclusivo o destino com imagens atractivas e de temas bastante diversificados.
Este ano, através do uso de uma nova tecnologia, a campanha será complementada com a exibição do nosso filme publicitário Body.Mind.Madeira., na mesma versão de 30 segundos, que será exibido nas montras das agências, enriquecendo assim a campanha e despertando, ainda mais, a atenção de quem passa.

Rui Santo: O turismo depende de estratégias criativas

Como especialista em criatividade e inovação como acompanha a crescente onda de encerramentos de empresas neste mundo globalizado? Não vê aqui a falta de alguma criatividade dos empresários, numa primeira linha, como líderes, e depois dos próprios quadros que se acomodam e não sugerem novas formas de fazer as coisas, de colocar tudo em causa no sentido de reinventar procedimentos?
Sim, acho que você apresentou muito bem. Estão faltando novas ideias nos negócios. No entanto, quando aparecem, crescem rapidamente. Um exemplo que chegou de Lisboa a São Paulo é a casa “O melhor bolo de chocolate do mundo”, que apresenta uma nova maneira de fazer bolos – sem farinha nem fermento. Aqui em São Paulo, essa casa faz grande sucesso em quatro lojas. O autor transformou uma padaria local numa franquia global através de novas ideias e empreendedorismo que leva a inovação.


As ferramentas de criatividade e processo criativo abrangente que promove desde 1994 poderiam contribuir para esbater o aumento do desemprego, na medida em que mostraria às empresas caminhos diferentes?
Certamente, as ferramentas de criatividade contribuem significativamente para encontrar novas alternativas de negócios. No entanto, para diminuir o desemprego há que acrescentar o empreendedorismo. A iniciativa empreendedora combina-se com novas ideias. Só com ideias nos limitamos à imaginação. Só com negócios estamos fazendo “mais do mesmo”. É preciso combinar os dois ingredientes de modo interactivo, isto é, um se apoia no outro de modo a produzir novos conhecimentos e avançar onde o campo estiver disponível, como fez o empreendedor de Lisboa.
Ou dito de outra forma. “Criatividade e empreendedorismo: um se apoia no outro, ambos se apoiam na inspiração de novos conhecimentos para construir um lugar que ainda não existe”.

Pode falar da sua técnica dos cinco sentidos?
A “Técnica dos Cinco Sentidos©” é uma ferramenta para facilitar a produção de ideias, entre outras técnicas que criei. Parte-se do princípio que produtos e serviços também actuam no cliente/consumidor pelos seus sentidos (do produto/serviço).
Na tabela [página da direita] exemplifico com o cinema. No início era somente visual (as imagens). Posteriormente veio a música (som) através de um pianista que tocava durante as sessões de filmes. Então apagaram as luzes e os frequentadores descobriram que podiam namorar (tacto) no cinema. Mas, até aí, não se podia comer nem beber. Hoje, os cinemas mudaram e atraem os frequentadores pelo cheiro de pipocas que espalham no ambiente externo e vendem alimentos e refrigerantes para serem ingeridos durante as sessões de filmes. Estão actuando nos cinco sentidos dos frequentadores. No futuro, talvez tenhamos cinemas em restaurantes...
Nessa tabela podem ainda ser acrescidos dois sentidos (estou trabalhando nesse desenvolvimento actualmente). Para a ciência actual, há os sentidos do movimento e da emoção, respectivamente sexto e sétimo sentidos. Nos novos cinemas nos Estados Unidos, a poltrona vibra em função da cena que está na tela. Já estão utilizando o sexto sentido.
Outro exemplo ocorre no comércio. As lojas de grife (marca) de roupas, por exemplo, estão perfumando os ambientes com cheiros que se associem às suas respectivas marcas, de modo que a marca actue na lembrança do cliente por três sentidos – visual, tacto e olfacto. Não há motivo para uma marca/símbolo ter somente visual e tacto, excepto falta de criatividade. Aliás, onde a tabela estiver em branco, faltam ideias.

O cheiro a novo nos carros

A indústria automobilística procura uma maneira de prolongar por anos o cheiro de carro novo, uma vez que os proprietários gostam desse cheiro, e os bancos pesquisam cheiros que levem os clientes nas agências, a associar o nome do banco com segurança e fiabilidade.
Na propaganda, nos cursos que pratico, mostro como os comerciais actuam nos cinco sentidos (ou deixam a desejar...) e, mais importante, a maneira como usam os sentidos para extrair (despertar) dos clientes, seus valores humanos (saúde, status, inserção, participação, envolvimento, união de pessoas, etc.) para o produto ou serviço que oferecem. Os comerciais de televisão que melhor aplicam essa técnica são os de cigarro (agora proibidos no Brasil) e os de cerveja, mas não são os únicos. Os comerciais de cigarros eram os mais lembrados, uma vez que actuavam nos cinco sentidos do telespectador.
Essa técnica aplica-se ao turismo. Por exemplo, podemos pensar em roteiros que privilegiem o paladar através de sabores diferentes (no Brasil através de frutas, tal a variedade que existe por aqui), ou o visual (pela arquitectura, cores e formas) ou a audição pelas músicas ou sons da natureza... Enfim, tudo que a criatividade for capaz de desenvolver dentro de cada sentido ou combinando-os como um roteiro turístico único.
Tenhamos em mente que, seja para expressar, seja para absorver, o ser humano dispõe de cinco (mais dois) sentidos para processar a comunicação. Por quantos mais sentidos um produto ou serviço se registar (actuar, marcar) na mente dos clientes/utilizadores, melhor e mais profundamente ele (o cliente) armazena em sua mente o evento, produto, serviço ou o que for.

Ampliar a capacidade criativa

Diz que existem 20% de pessoas criativas e 20% de outras resistentes à mudança. Pelo que há que trabalhar com 60% através de metodologia adequada, com a qual podem chegar a produzir resultados tidos como “muito criativos”, mesmo quando comparados aos que têm essa habilidade, plenamente desenvolvida. Em que subsiste essa metodologia que não será suficiente para estimular os tais 60% do mundo e tentar motivar os 20% que, como dizemos em Portugal, são os “Velhos do Restelo”, resistentes à mudança?
Os 20% criativos e os 20% resistentes (Velhos do Restelo) são baseados na Regra de Pareto (20 x 80) e na curva em forma de sino. Os extremos da curva de sino são de um lado, os resistentes a qualquer preço, e no outro extremo aqueles que inovam de alguma maneira. Com técnicas apropriadas pode-se intervir e ampliar a capacidade criativa dos 60% que estão no meio e em dúvida sobre sua capacidade de inovar e dos 20% que já estão criativos. Os 20% resistentes preferem não alterar nada e deixar tudo como está. Com esses é bem mais difícil conseguir resultados criativos, embora não seja impossível. Tive uma aluna que chegou dizendo que era tudo, menos criativa e acabou surpreendendo a todos com uma sandália feminina de pele de peixe.
Tenho desenvolvido e aplicado nos cursos de MBA diversas técnicas que desenvolvi como a dos “cinco sentidos©”.
São técnicas simples, mas mostra que criatividade pode ser desenvolvida e aperfeiçoada por qualquer um, independente do nível de criatividade em que se encontre e desde que deseje. Criatividade tem a característica de nunca ser suficiente. Quanto mais se está, mais se quer estar criativo. Em 1950, quando Alex Osborn começou a dar cursos de criatividade nos Estados Unidos, notou que justamente os mais criativos eram os que procuravam o curso. Esses já sabiam o valor que a criatividade tem e queriam se tornar ainda mais criativos.

Educação não acompanha

Partilha da convicção de que hoje, mais do que nunca, a aprendizagem escolar e universitária tradicional é manifestamente insuficiente para o mundo global?
Sim, certamente os métodos educacionais não acompanharam o avanço das tecnologias da informação e comunicação.
Creio ser fundamental “minimizar a importância da capacidade crítica” e “ampliar (fortalecer) a necessidade e a prática da capacidade criativa” dos estudantes universitários. No mundo real eles vão ter que trabalhar na busca de ideias que tragam soluções e alternativas. Aprender a ser crítico, não é bom. Aprender a encontrar alternativas criativas é benéfico, é excelente para eles, é uma nova forma de humanismo porque as ideias acendem a luz onde havia escuridão. Quando os alunos têm ideias criativas ficam incrivelmente mais motivados para “o fazer” do que quando fazem críticas que não acrescentam.
Além de professor, consultor, escritor, articulista e um sem fim de actividades, ainda tem tempo para ser artista plástico. Como consegue dividir o seu tempo?
Essas actividades se somam e estão interligadas de várias maneiras. Tenho muito prazer nelas, de modo que não me sinto trabalhando. E se você não trabalha, então pode se divertir o tempo todo.

Sai da Madeira ainda bebé

É natural da Madeira. Onde nasceu e quando e como foi parar ao Brasil?
Nasci na ilha da Madeira no Hospital dos Marmeleiros. Minha mãe, Encarnação, é do Funchal e meu pai, Agostinho, é do Estreito de Câmara de Lobos. Vim para o Brasil, para Santos, estado de São Paulo, com 16 meses de idade, ainda bebé.

Qual tem sido o seu relacionamento com a sua terra natal? Vem com alguma frequência?
Infelizmente não tive ainda oportunidade de voltar. Quando morava em Zurique, estive em Lisboa, mas não houve tempo de ir até a Madeira. A Madeira exige um tempo maior do que uma passagem de turista.

Que leitura tem da Madeira, uma ilha que já assentou a sua economia no sector primário, com evidência para os sectores da agricultura e das pescas, mas que há décadas tem já uma componente primordial no Turismo, que é secular?
Contudo, a oferta turística cresceu demasiado depressa e a procura não acompanhou. Embora possa não estar muito focalizado na mecânica deste sector, que criatividade e inovação têm de encontrar os empresários para conseguirem ultrapassar a grande dependência dos operadores turísticos?
A criatividade é elemento primeiro em absolutamente tudo. Já fiz cursos com índios, religiosos, políticos, profissionais de praticamente todos os segmentos, directores de grandes empresas nacionais e multinacionais e donas de casa. Não há tema onde criatividade não se insira desde os princípios até a finalização, a partir de onde se realizam inovações. Devemos ter em mente que as ideias que nenhum criativo teve, não existem, não são aproveitadas, negociadas, nem beneficiam ninguém. Tudo parte da criatividade e das ideias contidas na imaginação dos criativos.

Criatividade nas religiões

As religiões, por exemplo, utilizam muito a criatividade. Em São Paulo há um evento chamado “Marketing Religioso” no qual são apresentados desde novos modelos de bancos para igrejas até novos tipos de terços e CD de músicas.
No caso específico de turismo, a criatividade é condicional aos vários aspectos do tema. Fiz diversas palestras aqui no Brasil, mostrando como os países desenvolvem o turismo. Para ser sucinto, o turismo é realização de sonhos, vivências e experiências que não se encontra onde se vive. Por isso fazemos turismo.
Quando não se tem essas vivências, se inventa, cria-se uma com a função turística. Por exemplo, os ingleses inventaram o Monstro de Loch Ness (cuja existência nunca foi comprovada). Na Dinamarca há o mito da sereia. Na Grécia há os deuses e as maravilhas do mundo grego (embora muitas já tenham sido destruídas, o lugar é visitado). Em Santos, o foco é “uma cidade tranquila para a terceira idade” e se desenvolve várias actividades para esse público, incluindo “universidade da terceira idade”, São Paulo se firma como uma “cidade de feiras, exposições, eventos e negócios para a América Latina”.
Esses conjuntos de actividades (que inicialmente eram apenas ideias) promovem a atracção de turistas que buscam experiências e atmosferas que não estão disponíveis na região onde vivem, criadas ou inventadas pelas cidades para conveniência e atração de viajantes.

Lenda da Atlântida na Madeira

Não tenho notícia por aqui que a ilha da Madeira tenha criado um ícone de atracção (espero estar errado), mas também sabemos que esse ícone está disponível para a Madeira e os Açores. Refiro-me à Lenda da Atlântida, descrita pelo filósofo grego Platão, como tendo existido nessa região, entre outros lugares em estudo. Creio que vocês encontram aí, excursões de diversas procedências (incluindo do Brasil) para o turista vivenciar o que “pode” ter sido e sobrou da famosa cidade que “afundou de tanto conhecimento”, diz a lenda.
Dessa forma, dado um ícone, um motivo, uma lenda, a criatividade dos que se interessam pelo turismo é direccionada para fortalecer essas estratégias de atracção de visitantes. Os ingleses, de um modo muito interessante, fazem o turista sair de Londres e ir até o norte (isto é, atravessar toda a Inglaterra) só para ver o que pode (?) ser o habitat de um monstro (que ninguém consegue ver), mas, na verdade, conseguem que o turista fique mais um ou dois dias no país.
Actualmente quando se faz um plano de negócios, é primordial privilegiar a comunicação, divulgação, dar conhecimento do que se está fazendo. Em turismo, isso é ainda mais importante, de modo que jornais e publicações especializadas, e principalmente a Internet (agora com a enciclopédia “WikiTravel” para divulgar turismo), exponham as possibilidades ofertadas, uma vez que turismo pede longos prazos de maturação, até que os primeiros resultados comecem a aparecer. É diferente de um restaurante que já no primeiro mês de inauguração pode se equilibrar financeiramente. No caso de turismo é preciso incluir a “vivência, experiência” na mente de “bel - prazer” de potenciais turistas e para isso se pede tempo e criatividade continuamente.
Para finalizar, é importante salientar que turismo depende de estratégias criativas, mais do que outras actividades que também a utilizam intensamente.

Rui Santo, o currículo

Chama-se Rui Santo. Nasceu no Funchal há 54 anos, mas deixou a ilha, onde não mais voltou, quando tinha 16 meses, rumo ao Brasil.
Hoje é um académico reconhecido no seu país de acolhimento e internacionalmente. Residiu em Zurique, na Suíça, durante quatro anos.
Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, eng. Sénior Internacional e professor de criatividade em vários MBA’s, ainda tem tempo para ser artista plástico, consultor e palestrante sobre criatividade e inovação.
É autor de 20 patentes e foi escolhido pela Revista ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) entre os 10 inovadores do Brasil, publicado na edição de Maio - Junho de 2006.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pestana Bahia Lodge já vendeu 40 por cento

O Pestana Bahia Lodge, localizado em Salvador, no Brasil, empreendimento orçado em R$ 28 milhões do grupo imobiliário da divisão Pestana Residence, contabiliza a venda de 40% das unidades.
Os clientes que adquirem as propriedades possuem um rendimento garantido de, no mínimo, 6% ao ano nos cinco primeiros anos, ao fim dos quais será possível recuperar pelo menos 30% do que foi investido. O aluguel é 50% da receita de diárias hoteleiras do empreendimento distribuídos pela fração de área privativa de cada unidade.
As unidades são vendidas por meio de escritura pública. O proprietário tem o direito de usar sua unidade por três semanas durante o ano, ou trocar esse benefício por uma estada de uma semana em qualquer empreendimento Pestana na América do Sul.
Para Patrícia Judice de Araujo e Esteves, diretora da Judice & Araujo Imovéis, uma das imobiliárias responsáveis pelas vendas, o grupo oferece algo inovador ao mercado. "A opção é sensacional para fugir da gangorra do mercado financeiro atual e também para quem quer se livrar das despesas fixas da casa de praia", afirma a executiva.
O Pestana Bahia Lodge é composto por 98 apartamentos de luxo e dispõe de toda a estrutura já existente do hotel cinco estrelas localizado ao lado, o Pestana Bahia, disponível para os proprietários de unidades do novo empreendimento.

in Hotêlier News (Juliana Albino)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pullmantur pode repetir escalas em 2010

João Welsh, presidente da JFM Shipping, empresa responsável pelo agenciamento do navio Pacific Dream, que ontem esteve no Funchal pela primeira vez, está esperançado que a Pullmantur Cruises continue a fazer as escalas semanais no Verão de 2010. Uma possibilidade que o próprio comandante António Alonso admitiu que possa concretizar-se.
Estas palavras foram proferidas durante a apresentação do navio que veio substituir o Atlantic Star, que fazia as escalas semanais à Madeira nas últimas semanas, e que vai ser colocado com base operacional no Brasil.
O novo navio na linha, que já esteve na região autónoma como Island Star, surge agora devido ao cancelamento por parte do armador dos cruzeiros nas Caraíbas, com saídas de Acapulco, no México. O H1N1 afastou os turistas e o Pacific Dream rumou à Europa juntamente com o comandante, natural de Bilbao no País Basco.
Embarcaram ontem no Funchal cerca de 40 passageiros madeirenses.

Green Fresh Week no Funchal

A Green Fresh Week regressa à Madeira entre 2 e 9 de Julho, uma iniciativa ecológica da Fresh Citrus que visa dar a conhecer a ilha “proporcionando experiências únicas a quem procura o bem-estar, o alternativo, a cultura, a gastronomia e toda a essência de uma terra”, esclarece João Gomes, um dos produtores da empresa organizadora.
Este conceito surgiu em 2005 e a estratégia é “a dos três R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar”, explica.
“Virado para uma vertente ecológica, o Fresh Week assume-se como “um evento original que associa o lazer com os desportos radicais, a cultura urbana, as tradições e o clubbing para que o turista conheça o lado mais verde e natural que a Madeira tem para oferecer”, justifica.
Durante esta semana o evento vai mostrar “alternativas eco como autocarros movidos a biodiesel, reciclagem do material usado no evento, entre outras”, diz João Gomes.
A apresentação deste evento vai decorrer: dia 8 FNAC Cascais Shopping às 21h e dia 9 FNAC Algarve, às 22h.

in Publituris (Sónia Gomes Costa)

Pestana interessado em Abu Dhabi

Dionísio Pestana, presidente do grupo Pestana, pretende concorrer à gestão dos novos hotéis que estão a ser construídos em Abu Dhabi.
- Vamos ser convidados a concorrer à gestão de novos hotéis e vamos enviar o nosso currículo. Eles fazem o investimento e nós faremos a gestão , disse o Dionísio Pestana, no final da visita oficial de três dias aos Emirados Árabes Unidos.
O empresário madeirense avançou que, se a marca Pestana chegar aos Emirados, será necessário fazer deslocações, formação e algumas adaptações às especificidades culturais, mas faríamos boa figura.
Pela primeira vez país, Dionísio Pestana ficou surpreendido com a dimensão e o planeamento a longo prazo dos projectos turísticos. Tenho até muita dificuldade em compreender como é possível pensar a 20 e 30 anos, investindo aquilo que eles investem. Só nos últimos três anos foram investidos mil milhões de euros por ano em projectos em Abu Dhabi.
No entanto, segundo Dionísio Pestana, para se pensar em investimentos de parte a parte, é preciso haver uma ligação aérea directa entre Portugal e os Emirados Árabes Unidos.
- A primeira coisa que nos perguntaram foi se havia voos directos, porque não havendo vai ser difícil. Foi consensual que a primeira coisa a fazer é tentar estabelecer uma linha directa entre o Dubai e Lisboa.

in Opção Turismo

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Hotel The Vine inaugurado

O Presidente do Governo Regional inaugurou ontem o Hotel The Vine, construído no edifício Funchal Centrum, uma unidade de 5 estrelas que resulta de um investimento privado dos irmãos Norberto e António Henriques, que ascendeu a 18 milhões de euros e vem criar 80 postos de trabalho.
No seu discurso, após visitar o hotel, Alberto João Jardim principiou por considerar o Hotel The Vine como uma das “maravilha dos mundo”, salientando ser o mesmo “uma magnífica obra de arquitectura”, destacando a assinatura do conceituado Arq.º Ricardo Bofill e também as assinaturas do Arq.º João Francisco Caires e da Arq.ª Nini Andrade Silva.
O chefe do Executivo regional realçou “os conceitos estéticos absolutamente novos” introduzidos nesta unidade hoteleira, onde as temáticas do vinho e da videira são tratadas “em termos futuristas”.
Alberto João Jardim disse ser “fantástica” a obra feita pelos empresários António e Norberto Henriques na Região, sublinhando “ter muita honra em ser amigo” dos dois empresários, pois, realçou, estes “sintetizam um pouco a história do homem madeirense: o homem que vence na vida, o homem que luta, o homem que não desiste, o homem que vai para a frente”.
O Presidente do Governo Regional sublinhou, por outro lado, que a inauguração do Hotel The Vine constitui “um marco na história da arquitectura do país, um marco na história da hotelaria portuguesa” e “algo da maior qualidade que a Madeira passa a possuir, algo do melhor que temos aqui na Região Autónoma”, enderançado “agradecimentos e parabéns aos empresários” António e Norberto Henriques.
Assim, Alberto João Jardim anunciou que “em sinal de reconhecimento” o Conselho de Governo, que ontem esteve reunido, decidiu “que das cinco personalidades que vão ser condecoradas no dia 1 de Julho, Dia da Região, duas delas são o António e o Norberto Henriques”.

The Vine faz justiça
à Madeira de hoje

Antes, e após a arquitecta Nini Andrade Silva ter descrito o projecto do Hotel The Vine, o empresário António Henriques realçou que na concepção do hotel “foi homenageado o Vinho Madeira”, salientando o trabalho de design dos interiores da referida arquitecta, assim como as assinaturas do projecto pelos arquitectos Ricarod Bofill e João Francisco Caires.
António Henriques destacou ser o The Vine membro do Design Hotels, onde, realçou, “todos os pormenosres foram pensados para proporcionar uma experiência única e inesquecível” e o “cenário futurista, pautados por elementos que remetem para o mundo das vinhas e do vinho, resulta num ambiente vanguardista e ao mesmo tempo confortável e acolhedor, que se prolonga até aos espaçosos quartos e suites”.
O empresário sublinhou que “a Madeira de hoje está preparada para tudo e, sem dúvida, preparada para este hotel”, considerando que o Hotel The Vine “faz justiça á Madeira de hoje”.
Realçando que o The Vine “antecipa as necessidades de todas as gerações e targets”, salientou que o turista tradiconal “ainda sabe apreciar um hotel de qualidade no centro da cidade, que o mima, que o cuida, que os faz sentir em casa, com uma cozinha de excepção”.
Assim, António Henriques ssalientou que o The Vine “representa uma Madeira mais jovem, mais luxuosa, mais contemporânea e dinâmica”, além de “representar um investimento em contraciclo, no mínimo arrojado, mas com o objectivo claro de não fazer mais um (hotel), mas sim um que se distinga pela diferença no design, na qualidade e no serviço.”
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal do Funchal disse ser “um prazer” estar presenta na inauguração “de uma belissima peça de design e de modernidade na nossa cidade”.
Miguel Albuquerque salientou ser esta mais uma contribuição “para a transformação da cidade do Funchal numa cidade cosmopolita, moderna, urbana, vocacionada para os serviços, para o turismo, e que satisfaça de uma forma plena a conciliação da tradição, do património com a modernidade”.
Salientou ainda o “grande arrojo, a grande determinação e, sobretudo, a grande coragem” dos empresários António e Norberto Henriques para concretizar o investimento do “Funchal Centrum”, sublinhando que a Câmara Municipal do Funchal “vai continuar a acolher o investimento e as pessoas que disponibilizam o seu rendimento e o seu trabalho na criação de postos de trabalho, na criação de riqueza e, sobretudo, no desenvolvimento equilibrado para a nossa cidade”.

a obra

O Hotel The Vine, construído no edifício multifuncional “Funchal Centrum”, é uma unidade hoteleira de luxo, classificada com 5 estrelas, e é um projecto do Arq.º espanhol Ricardo Bofill em parceria com o Atelier madeirense Caíres e da Arq.ª Nini Andrade Silva, responsável pelo design, dispõe de 57 quartos, 22 suites de luxo, piscina, spa, sala de reuniões para 100 pessoas, restaurante e bar panorâmico. Este investimento, dos irmãos Norberto e António Henriques, ascendeu a 18 milhões de euros e vem criar 80 postos de trabalho.

Nunca como agora os empresários percisaram do Estado

Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo, que ontem esteve no Funchal, reconhece que nunca como agora os empresários e as empresas precisaram tanto do Estado. Neste âmbito, explica que os directores do turismo de Portugal (França, Escandinávia, Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Espanha e Holanda), que ontem fizeram cerca de 100 entrevistas a representantes do trade na região, estão no terreno e procuram perceber as dificuldades que as empresas enfrentam. E, depois, no regresso tratam a informação para que o “objectivo comum seja prosseguido: que todas as regiões turísticas tenham mais turistas para criar mais riqueza e manter o emprego”.
Realça que os directores do turismo, ao contrário de antigamente, quando os contactos se faziam quase exclusivamente nas feiras, têm um papel importante de abrir portas que “é, no essencial, o que procuramos”.
Não obstante, o governante sublinha que o Governo tem trabalhado sempre com este propósito. “Trabalhar directamente com operadores e companhias aéreas, partilhando o risco. Por cada euro investido por nós, um euro investido pelas companhias e operadores”.
Em relação ao encontro que decorreu durante todo o dia no hotel CS Madeira, recorda que o objectivo é que as empresas possam ter contacto com os diferentes directores do turismo de Portugal. “Foi com esse propósito que foram criados pela sua especificidade. Têm que ter um tratamento que permita uma grande proximidade, principalmente neste momento difícil em que vivemos”, acrescentou.
Depois de estarem quarta-feira no Algarve e de hoje se encontrarem com os empresários de Lisboa, os directores de turismo têm agendadas mais reuniões na próxima semana nas demais regiões turísticas nacionais.
Ao JM, Miguel Perestrello, coordenador da equipa de turismo no Reino Unido, disse que o mercado inglês está na expectativa acerca do que vai acontecer com a libra que afecta o poder de compra dos britânicos. Neste domínio refere que se assiste a um aproveitamento para a compra mais tardia e afasta a ideia de que estão a viajar mais para destinos de fora da Zona euro.
Quanto ao que ouviu dos empresários na Madeira, reconhece que têm surgido elogios pela aproximação ao tecido empresarial que “é fundamental e profícua, não só para os empresários como para nós que estamos no mercado”.

Bernardo Trindade: Colombo's merece atenção especial

O secretário de Estado do Turismo disse ontem no Funchal que há um forte empenhamento dos credores em resolver a questão do Colombo’s Resort, que solicitaram apoios das variadíssimas instituições regionais e nacionais. Uma matéria onde sublinha ser importante menos ruído e menos comentários.
Bernardo Trindade diz que ainda não existe uma solução mas que que há um forte empenho.
Reconheceu que existem outros “Colombo’s” na Madeira, tal como refere existiram pelo país fora. Contudo, deixa claro que há todo um empenho para os tentar resolver.
No caso concreto do empreendimento no Porto Santo, pela sua exiguidade territorial, pela dimensão do projecto e por ter sido assumido como uma nova centralidade turística pelos governos da República e Regional, “carece de um empenhamento e de um apoio mais acentuado. E é isso que estamos a fazer”. Remata a dizer que nunca como agora a exigência de uma solidariedade do Estado se impôs.”

Hotel Jardim Atlântico entre os melhores do mundo

O Hotel Jardim Atlântico recebeu esta semana o galardão “Umwelt Champion in Gold 2008”, atribuído pelo operador turístico “World of Tui”
Esta unidade hoteleira do Concelho da Calheta posicionou-se em 4º lugar, no top 10, considerado prémio de ouro, entre 100 hotéis com melhor desempenho ambiental, numa escolha que envolveu 12.000 hotéis.
A administrador do Hotel Jardim Atlântico, Mónica Heras, realçou na cerimónia de entrega do galardão que integrar este “top ten” é “motivo de orgulho e honra”, sublinhando que o objectivo da administração passa “por consolidar” a política a empresa “dando continuidade às divulgação das boas práticas ambientais”.
Após a entrega do galardão pela directora do “World of Tui” na Madeira, Jessica Theile, a secretária regional do Turismo e Transportes felicitou a administração, a direcção e os trabalhadores da unidade hoteleira pela conquista de mais um galardão internacional, o 24.º na área do Ambiente.
Conceição Estudante salientou que o Jardim do Atlântico “nasceu com um conceito que foi acarinhado por todos, entidades oficiais, funcionários e a própria população que o envolve”, sendo que o “conceito continua a crescer”.
A secretária regional destacou que os responsáveis pela unidade hoteleira “não se limitaram a receber um prémio”, sublinhando que estes “têm sido sucessivos, o que significa que a filosofia que nasceu com o hotel permanece viva, actual, renovada, com criatividade, com inovação e melhorias contínuas”. Assim, Conceição Estudante acentuou que esta deve ser “a atitude que se deve ter, a lição e o exemplo” que deve ser seguida, considerando o Hotel Jardim do Atlântico “um farol ecológico na Calheta”, que, disse, “deve servir para nos inspirar a todos nós, os que trabalhamos na área do Turismo”.
“O Turismo não sobreviverá se simultâneamente nós não formos amigos do ambiente”, acentuou.

in Jornal da Madeira (Augusto Soares)

Madeira com gelo no Verão

”Madeira com gelo”. Assim se chama a campanha de Verão do Instituto do vinho, do bordado e do artesanato da Madeira que foi apresentada esta semana no Funchal pelo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António, e pelo presidente do referido instituto, Paulo Rodrigues.
Trata-se de uma campanha direccionada para o mercado regional, tanto o residente como o turístico, que conta com a parceria de empresas produtoras e exportadoras de vinho Madeira e de cinco bares de referência da noite madeirense.
Este ano, para além dos meios de divulgação utilizados nos três anos anteriores, conta com cinco Smart com a imagem alusiva à campanha que irão circular no Funchal e na zona do Lido, durante cerca de 35 horas, entre os dias 5 e 27 de Junho.
Neste caso concreto, os percursos serão realizados em horários variados e incluirão passagens frequentes junto aos bares onde o “Madeira com gelo” estará a ser promovido.
Quanto aos bares, as acções assentarão essencialmente na experimentação da receita de vinho Madeira doce, gelo e uma rodela de limão, como principal forma de estimular o seu consumo.
Concretamente, todas as sextas-feiras e sábados, a partir de cinco de Junho, e até o dia 26, entre as zero horas e a uma hora da manhã será oferecido o Madeira com gelo nos bares O’Brians Pub, Qasbah, Café do Teatro, Molhe e Number Two. Uma nota apenas para referir que neste último a promoção será feita entre as 21 e as 22 horas.
Cada dia será será dedicado a uma empresa produtora de vinho Madeira.
Nos bares vão estar expositores próprios, com dois promotores, um rapaz e uma rapariga, vestidos de branco, com t-shirts alusivas à imagem da campanha, os quais darão as experimentar a especialidade.
Além do vinho o cliente recebe um flyer numerado podendo ser um dos três contemplados com uma camisola com design da campanha.
A campanha Madeira com gelo será igualmente divulgada através de mupis, entre os dias 3 e 23 de Junho, nos trípticos, entre 3 e 30 de Setembro, de marketing directo, materializado na distribuição de postais nos postos de turismo, e hotéis e bares.
Em relação ao Madeira com gelo, Paulo Rodrigues diz, simplesmente: “provem e vão ver que irão gostar”.

Solução para o Madeira Palácio no fim do mês

O Grupo Fibeira espera que as negociações com o Millenium/BCP estejam concluídas até ao final de Junho para dar seguimento à obra de conclusão da remodelação e ampliação do Hotel Madeira Palácio, no Funchal.
A obra está suspensa desde Novembro de 2008 e precisa de um reforço de 55 milhões de euros para ser concluída.
Em declarações à Agência Lusa, Acácio Pinheiro, que participou no dia 2 num plenário de trabalhadores do hotel, revelou haver um "acordo de princípio com o Millenium/BCP de renovação do financiamento e da retoma e conclusão da obra".
Segundo o administrador, ao valor de 40 milhões de euros que eram necessários para a conclusão da obra são precisos agora mais 15 milhões para suportar juros e encargos com os 110 trabalhadores do hotel que estão a ser apoiados pelo Instituto Regional de Emprego.
"Nós vamos suportar 25 milhões de euros e o Millenium/BCP os restantes 30 milhões", adiantou.
Acácio Pinheiro espera que este processo esteja concluído no final de Junho para poder pagar o subsídio de férias em Julho e as obras arrancarem o mais rápido possível.
O administrador da Fibeira reuniu com os secretários regionais dos Recursos Humanos e do Turismo e Transportes.
A Fibeira já investiu neste projecto 80 milhões de euros (40 milhões dos quais na aquisição do hotel que já pertenceu à cadeira Hilton nos anos 60), mas precisa deste financiamento para concluir a construção dos 112 novos apartamentos em construção para aquela unidade turística.
Este investimento de 135 milhões de euros é a primeira incursão da Fibeira, grupo ligado à imobiliária e à gestão de centros comerciais no Continente e na hotelaria da Madeira.
Adolfo Freitas, do Sindicato de Hotelaria e Turismo, confirmou que os trabalhadores marcaram novo plenário para 28 de Julho.

in Lusa

terça-feira, 2 de junho de 2009

35º Congresso da APAVT de regresso a Portugal

Vilamoura, no Algarve, vai ser o cenário do 35º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), evento que vai decorrer de 26 a 29 de Novembro deste ano.
A apresentação oficial do tema e logótipo do XXXV Congresso Nacional da APAVT vai ter lugar a 17 de Junho, no Hotel Altis Belém, pelas 18 horas.