quinta-feira, 1 de maio de 2008

Madeira na estratégia da Sata

A Sata mantém de pé a questão da ponte aérea entre o continente português e o continente americano entre os quais os arquipélagos atlânticos da Macaronésia são o elo de ligação. Defendida por António Cansado, anterior presidente da companhia açoriana, continua a ser seguida pelo seu sucessor António Meneses. A ideia é unir os arquipélagos entre si com a consolidação da operação aérea.
Depois das ligações inter-ilhas açorianas, a Sata há muito que as liga aos Estados Unidos da América e ao Canadá. Igualmente há anos que começou a ligar as ilhas de Nemésio a Lisboa. Uma parte da ponta estava criada.
Mas a companhia queria mais. Passou a ligar regularmente a cidade de Ponta Delgada, em São Miguel, à Madeira. E o ano passado ligou-a ao Porto Santo.
Além dos inúmeros voos charter que começou a fazer a partir da Madeira, a partir de Novembro de 1995, constituindo a primeira aposta fora das suas ilhas, a Sata prepara-se para um novo passo na sua estratégia Atlântica: o início das viagens regulares entre a Madeira e Las Palmas, na ilha de Gran Canaria. Tem o primeiro voo marcado para o dia 3 de Junho. Terá duas ligações semanais: às terças e aos sábados.
O presidente do Grupo Sata deposita grande esperança nesta nova fase depois de reconhecer que a operação charter de anos anteriores correspondeu às expectativas.
A 7 de Julho a Sata Internacional acrescenta uma nova rota ao seu mapa de destinos: Madeira-Madrid-Madeira. terá uma frequência semanal, regular. Nesta fase irá prolongar-se até 22 de Setembro.
Em relação à ligação entre a Madeira e os Açores, a companhia decidiu reforçar a operação. Assim, a partir de Junho próximo, a Sata Internacional oferece três ligações semanais. Os voos partem às segundas, quartas e sextas e serão feitos pelo Airbus A320.
Para fora do país, a Sata oferece, ao longo de todo o ano, uma frequência semanal para Paris. Uma ligação inaugurada há mais de um ano, a 5 de Abril. Apresentou um comportamento muito constante ao longo de todo o Verão, o que fez com que a compahia decidisse pela manutenção da rota numa base regular e anual.

Charter

Ao nível dos voos charter, a companhia há muito que fez da sua base operacional na Madeira um dos principais pólos da sua operação aérea. Mantém, há 13 anos, uma significativa operação charter a partir da ilha.
Para este ano, entre outras, destaca-se a introdução de
novas rotas em regime charter: Madeira-Nantes-Madeira; Madeira-Viena-Madeira; Madeira-Jersey-Madeira; e Madeira-Dublin-Madeira.

Lucros

Em 2007, as cinco empresas do Grupo Sata movimentaram um volume de negócios na ordem dos 274 milhões de euros. Obteve um lucro consolidado de 4,9 milhões de euros.
A rede de rotas regulares da Sata Internacional conta com cerca de 20 destinos na Europa, Estados Unidos da América, regiões autónomas portuguesas e o continente.
Ao longo do ano toca mais de 50 destinos diferentes, na sua maioria em regime charter.
A companhia tem baseados na Madeira dois aviões: um Airbus A320, com capacidade para 165 passageiros e um British Aerospace ATP, com capacidade para 60 passageiros.
No total, as companhias aéreas do Grupo Sata: Sata Air Açores e Sata Internacional, operam com 13 aviões: British Aerospace ATP, Dornier DO 228, Airbus A310 e Airbus A320.
O ano passado transportaram em conjunto cerca de 1,4 milhões de passageiros.

Fundada em 1941

A Sata Internacional também fez o trabalho de casa e no dia em que a liberalização do espaço aéreo entrou em vigor, 24 de Abril, lançou um novo plano tarifário para as ligações aéreas entre o continente e a Madeira.
Estabelecidas as novas regras, a companhia criou um leque tarifário mais atractivo para os residentes que começam em 74,30 euros por trajecto, com taxas de 43,30 euros incluídas. Deste montante há a descontar 30 euros do subsídio social de mobilidade a que os passageiros residentes na Madeira têm direito.

Paulo Camacho

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