quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

João Welsh "desmonta" apoios às low cost

O primeiro vice-presidente da APAVT voltou à carga em Búzios, no Brasil, com as low cost, depois do discurso clarificador do presidente na associação na cerimónia de abertura do Congresso.
Foi durante o almoço que a direcção da APAVT realizou com os jornalistas que cobrem o evento, como é tradição, que João Welsh entendeu por bem explicar aos representantes dos media o que está em causa nesta questão das companhias de aviação de baixo custo.

Neste âmbito, disse ser completamente diferente da imagem que o País quer passar para o exterior, a situação que reside no actual quadro de apoios que permitem realidades como a que acontece a uma easyJet, que recebeu apoios para voar para o nosso país, incluindo as regiões autónomas. E, como disse, “sem perguntar nada a ninguém, utilizou a imagem de um garrafão de vinho, que não tem nada a ver com qualidade, para promover uma rota”.

Deixou claro que não é uma questão de ser uma low-cost ou não, mas antes saber o que queremos.

Em seu entender, os apoios têm de ser formatados tendo critérios claros, de acordo com os objectivos que o país pretende para o tipo de público-alvo que quer e que se enquadre com o produto que tem em termos diferenciadores em relação a outros.

Neste sentido, acentua que, para as novas rotas, há que saber quais são os critérios.

Em primeiro lugar, diz que há que saber quais são os mercados emissores ou os aeroportos.

E, em segundo lugar, há que saber as verbas disponíveis para afectar a esses aeroportos.

Depois, em face destes dois critérios, “há que saber qual é o período que temos de investir essas verbas para poder fomentar a notoriedade, marcando a notoriedade do brand do país, que pode ser numa lógica de co-branding, com a marca da companhia aérea”.

Desta forma, acredita que vamos garantir que o país fique forte como imagem nesses mercados emissores. “E, mesmo que uma companhia aérea saia, porque alguém pagou mais, a nossa notoriedade ficou lá e novas oportunidades surgirão”, rematou.
Uma nota mais acerca das low cost para dar conta do que disse, durante a manhã, Vítor Neto. Além de referir que as low cost não existem para resolver os problemas do turismo mas antes para rentabilizar os investimentos dos seus accionistas deixou evidente que podemos estar a viver no que diz ser a bolha das low cost, que se rebentar, admite vir a causar problemas.

Paulo Camacho