quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Luigi Valle diz que seria erro separar parceiros


“Tendências e soluções” foi o tema do primeiro painel do 33º Congresso da APAVT.
Sobre este painel, António Pires de Lima, presidente da Uincer, e key-note speaker, traçou o panorama internacional, demonstrando que daí resultarão consequências que os decisores e gestores terão de ter em linha de conta.
Apontou questões como a subida do petróleo, a instabilidade do mercado financeiro, a desvalorização do dólar, o aquecimento global, o surgir de um novo mundo, onde surgem países como a China, a Índia, o Brasil, a Rússia e Angola.
Que fazer num mundo global e com estas realidades? Pires de Lima defende uma revolução de cultura empresarial, que contribua para um stress positivo no seu seio, fazendo com que haja uma focalização nos interesses do cliente por toda a equipa de colaboradores.
Quanto ao governo, defende que tem de desburocratizar mais, mexer na legislação laboral, empreender uma maior simplificação e competitividade fiscal, e criar a figura de um embaixador empresarial.
Num ponto aproveitou para evidenciar que o Turismo deve ser visto como o nosso petróleo, que fará com que, nos próximos anos represente 15% do PIB e do número de empregos em Portugal.
Entre os oradores presentes estava Luigi Valle, vice-presidente do Grupo Pestana.
Das várias vezes que usou da palavra, disse que se quisermos continuar a ser visitados, mesmo com as mudanças, há que pensar que o destino tem de ser competitivo.
Sobre a Aeroporto de Lisboa, reconheceu a necessidade de uma nova infra-estutura. Mas disse que, no imediato, há que preparar a Portela para responder eficazmente ao tráfego.
Deixaria bem claro que, apesar do novo canal que é a Internet, seria um erro estratégico separar os parceiros tradicionais no sector do turismo.
Mais referiu acerca da importância da marca. “Se queremos ter sucesso há que defender a marca, seja pela autoridades públicos, seja pelos privados”, disse, a propósito.
Outro orador foi a de Miguel Rugeroni, da Espírito Santo Turismo. Das suas palavras sublinha-se a importância que aponta para as agências de viagens na focalização em determinados produtos, no sentido de prestar adequadamente o serviço que pretendem como consultor de viagens.

Paulo Camacho