terça-feira, 31 de março de 2009

Manuel Proença: A Madeira precisa de mais rotas

Depois de aberto em regime de ‘soft-opening’ desde 5 de Novembro de 2008, o Meliá Madeira Mare foi oficialmente inaugurado na passada sexta-feira, dia 27 de Março, pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, por Carlos Martins, director-geral da unidade hoteleira, e Manuel Proença, director do grupo Hotti Hoteis de qual o empreendimento faz parte.
Com um investimento de 35 milhões de euros, o cinco estrelas localizado no Lido, na Madeira, foi aplaudido por Alberto João Jardim que elogiou a “magnificiência do hotel que aqui está e o que conseguiram fazer com o pouco espaço que tinham”. A unidade hoteleira com 220 quartos, entre os quais 26 suites e dois quartos para deficientes motores, ‘business center’, dois restaurantes e três bares, um deck que será inaugurado em Maio, piscinas interior e exterior, uma Maló Clinic Spa e, abrir até Setembro deste ano, uma Maló Clinic dedicada aos tratamentos dermo-cosméticos, cirurgias estéticas e implantes dentários, revelou-se “um empreendimento difícil, só possível porque o Governo Regional é amigo do empreendorismo”, destacou Manuel Proença. O mesmo justificou o uso da marca Sol Meliã pela facilidade com que esta atingi mercados internacionais, “o nosso posicionamento é o de aumentar e acrescentar mais mercado na Madeira, onde o mercado espanhol ainda não atingiu a dimensão que deveria ter”.
No mesmo sentido, Carlos Martins, em entrevista ao Ambitur.pt, salientou que este "é o único hotel na Madeira que tem um ‘branding’ internacional. Isto tem uma vantagem muito grande principalmente junto do mercado ibérico, sendo uma mais valia termos aqui um hotel destes, porque estamos divulgados no directório mundial da Meliã".
O único cinco estrelas de marca internacional associou-se “com o que achamos melhor a nível internacional, uma clínica de alto nível, a Maló Clinic”, frisa o director da Hotti Hoteis. O responsável explicou que a diferenciação da unidade “está feita no posicionamento do ‘wellness’, mas também através das estruturas exteriores, com animação, áreas abertas à sociedade madeirense”.
Apostar no turismo clínico, com especial ênfase no mercado inglês, austríaco, belga e, o já referido, mercado espanhol é o objectivo principal da unidade hoteleira que, segundo Carlos Martins, peca pela tardia comercialização internacional.
Porém, o director-geral relembra que o mercado nacional que “é o único mercado que está, neste momento, a potenciar a nossa ocupação. A nossa ocupação não atingia os 25/30 por cento que estamos atingir no acumulado do ano se não fosse o mercado nacional”. Carlos Martins saluta a concorrência entre a companhia de bandeira, TAP, e a ‘low-cost’ Easyjet, “temos tido muitos clientes de fim de semana e ‘short-breaks’ graças à EasyJet e ao ‘low-pricing’ que a TAP começou a fazer por causa da ‘low-cost’, de outra maneira a TAP não reagiria e teríamos preços proíbitivos para vir à Madeira.
Manuel Proença, por sua vez, deu ainda o recado: “precisamos que o aeroporto da Madeira tenha mais rotas e que haja mais lugares disponíveis e a preços acessíveis, a ilha só tem a ganhar com isso”.

in Ambitur (Raquel Relvas Neto)

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