segunda-feira, 23 de março de 2009

Porto Santo voltará a acolher Open da Madeira

Chegou ao fim a 17.ª edição do Madeira Islands com o jovem argentino Estanislao Goya a arrecadar o primeiro lugar e um “chorudo” cheque na ordem dos 116 mil euros em prémios monetários. A vitória aconteceu com um total de seis pancadas abaixo do Par. A entrega de prémios aconteceu ao início da tarde de ontem, em ambiente de verdadeira festa e com o vento a ausentar-se ou, pelo menos, a soprar com uma intensidade bem mais moderada do que nos dias anteriores. A cerimónia de homenagem aos vencedores contou com a presença do presidente do Governo Regional que, na ocasião, elogiou a qualidade do torneio. Durante quatro longos dias o Porto Santo acabou mesmo por ser a “capital” do golfe mundial, como atestam os inúmeros órgãos de comunicação social que estiveram representados na “ilha dourada” e que muitos elogios deixaram. Este último dia também ficou marcado pela luta pelos primeiros lugares da tabela.
Na cerimónia de encerramento, Alberto João Jardim garantiu que os apoios ao Madeira Islands Open são para continuar “porque têm retorno” ainda para mais quando o Porto Santo, segundo o líder do Executivo Regional, é a simbiose entre a qualidade europeia e o ambiente e natureza dos trópicos. A continuidade do Open no Porto Santo está desde já garantida para os próximos dois anos. “As pessoas em todo o país e também no estrangeiro estão a perceber que o Porto Santo é qualquer coisa de diferente e de muito especial. É trazer os trópicos para junto da Europa, que é um destino muito caracterizado e diferente dos normais destinos europeus. Temos aqui a simbiose entre a qualidade da Europa e o ambiente e a natureza dos trópicos”, disse o governante madeirense, justificando os apoios concedidos. De resto, a aposta passa sobretudo pelo turismo e em actividades de lazer, onde naturalmente está incluído o golfe, mas não só. “A aposta é o turismo como actividade económica com todas as actividades de lazer, tal como o golfe, o ténis, a pesca. A aposta é turismo e portanto golfe e todos os outros requisitos de qualidade que a ilha oferece, e oferece com uma qualidade única aqui às portas da Europa, são factores de desenvolvimento dessa prioridade turística”, garantiu Jardim.
Quanto à possibilidade de um dia o Madeira Islands Open poder ser transmitido em directo, o líder do executivo madeirense entende que para já é preciso apoiar tudo o que aparece em termos de promoção. “As coisas vão se fazendo. Muita gente não entendeu o porquê de no rali, que conta há muitos anos para o Campeonato da Europa, ter existido essa aposta mas a verdade é que deu dimensão. Tudo o que é promoção e tudo o que aparece em meio audiovisual custa caro por isso temos que aproveitar o que vai aparecendo, pois não estamos em posição, nem financeira, nem de força persuasiva em impor que os grandes meios audiovisuais façam aquilo que desejaríamos”, disse Jardim, a terminar.

Jardim lamenta falta de ligações aéreas para a Ilha

Os últimos dias foram marcados por algumas queixas dos muitos presentes no Porto Santo, a propósito da escassez de viagens entre a capital portuguesa e aquela ilha, uma situação que é da competência de governo central, conforme exaltou Alberto João Jardim, ontem na “ilha dourada”. “Os transportes aéreos não são competência do meu Governo e neste momento Portugal tem um Governo com o qual é completamente impossível a Madeira dialogar seja em que matéria for. Portanto, as coisas correrem bem aqui num arquipélago em coisas dependentes do Governo da República é um milagre”, referiu Jardim, reforçando que não vale a pena insistir com o Governo da República nessa matéria.“Não vale a pena fazer o 28.º ou o 34.º pedido. Estamos a lidar com gente que não vale a pena. Temos é que pensar em outro futuro para o Porto Santo”, justificou.

in Jornal da Madeira (Décio Ferreira)

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