terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Conceição Estudante: Fundo de promoção não está fechado

Teve lugar ontem, no Espaço Infoart, na Secretaria Regional do Turismo e Transportes (SRTT), a assinatura do protocolo de implementação do Fundo para Investimento em Promoção Turística, o qual associa a ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, a Secretaria Regional do Turismo e Transportes e parceiros privados (empresas do sector turístico).
Na fundamentação para a implementação deste Fundo, é sublinhanda a importância do sector do turismo para a Madeira, “contribuindo em cerca de 21% para o PIB da Região Autónoma da Madeira”, sendo, assim, “as campanhas de promoção e de marketing turístico, um instrumento fundamental para o crescimento da procura turística na RAM”.
Salienta-se também a “crescente competitividade entre destinos turísticos, nomeadamente entre regiões insulares do Atlântico e do Mediterrâneo”, pelo que é acentuado “o indispensável lançamento de adequadas campanhas promocionais de modo a potenciar o crescimento da procura turística”.
“A aplicação de verbas em promoção e marketing turístico, em parceria com operadores que se proponham aumentar em termos líquidos o número de turistas na RAM, constitui um investimento fundamental em que todas as partes têm a expectativa da respectiva rentabilidade”, lê-se ainda na fundamentação, que acrescenta a importância de congregar “as adequadas sinergias público/privadas, constituindo uma plataforma comum de recursos com o objectivo de promover o destino turístico, captar novos operadores e potenciar a oferta dos operadores existentes”.
São parceiros neste Fundo, que está dotado de uma verba de 1,5 milhões de euros, para um período de três anos, para além da ANAM, que entra com uma participação de 66%, e da SRTT, com uma contribuição de 24%, 17 empresas privadas, que assumem uma participação de 10%.
O protocolo tem por fim a constituição de uma plataforma comum de recursos para o investimento em promoção e marketing turístico da Região Autónoma da Madeira.
A negociação, operacionalização, decisão e acompanhamento das medidas previstas no presente Protocolo serão asseguradas por uma equipa de gestão constituída por um representante da ANAM e por um representante da SRTT, coordenada pelo representante da SRTT.


Aposta no mercado português

Na oportunidade o presidente do conselho de administração da ANAM, Guilhermino Rodrigues, subnlinhou o “empenho” da empresa “em todas as acções que têm como objectivo a promoção da RAM”.
Sublinhou o facto da empresa “estar a dar saltos extremamente positivos no sentido de resolver alguns dos seus problemas internos e que derivam do forte endividamento que resultou do forte investimento no alargamento e expansão do Aeroporto da Madeira”.
Assim, adiantou que dos 280 milhões de endividamento inicial a ANAM já reduziu essa verba em 75 milhões de euros.
Guilhermino Rodrigues destacou o facto da empresa ter tido em 2008 resultados operacionais positivos, “em cerca de 700 mil euros”, o que aconteceu pela primeira vez.
Referiu ainda que a ANAM registou o ano passado um aumento do tráfego nos aeroportos da Região em 1,3%, mas salientou que “este ano não será fácil”.
Por seu lado, a secretária regional do Turismo e Transportes agradeceu aos parceiros do Fundo “pela pronta e eficiente resposta que deram ao Governo” a esta iniciativa, que partiu da ANAM.
Conceição Estudante realçou que “desta forma serão viabilizadas acções no mercado que, como todos temos consciência, são necessárias, oportunas e urgentes”.
Após agradecer à ANAM “toda a colaboração” prestada ao Governo Regional, nomeadamente à Secretaria Regional do Turismo e Transportes, salientou a importância de “ter o turismo e o transporte interligados” por permitir “uma sinergia mais alargada e potenciar todos os resultados”.
Conceição Estudante realçou ainda que será “rapidamente operacionalizado” o Fundo “para que possamos de facto cumprir o seu objectivo” que, disse, passa pela concretização de acções no mercado português, juntamente com operadores aéreos e operadores turísticos “podermos pôr no mercado uma campanha mais forte do que já existe” e “assim minimizar todos os impactos negativos que a situação económica mundial possa vir a trazer para a Madeira”.

Fonte: Jornal da Madeira

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