terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Crise prejudica Turismo internacional

O mercado hoteleiro mundial foi prejudicado já em 2008 fruto da crise, de acordo com a análise da consultora Cushman & Wakefield, que concluiu que o ano passado foi “relativamente fraco no que respeita aos mercados mais importantes de hotelaria, com o preço médio por quarto disponível a registar descidas consideráveis.

O investimento em hotéis acompanhou também esta tendência de quebra, tendo o mercado de Londres atraído somente 500 milhões de libras de investimento contra as 1,5 mil milhões de 2005, refere a consultora com sabe nos dados recolhidos no STR Global.

Na Europa, em 2008, o preço médio por quarto disponível (RevPAR) desceu 4,2% em contraste com o crescimento de 5,9% que registou em 2007.

Nos Estados Unidos, este indicador desceu no ano passado 1,3% contra o crescimento de 5,7% em 2007. Na região da Ásia-Pacífico o crescimento abrandou de 12,2% para 4%, tendo nas zonas de Médio-Oriente e Africa crescido uns significativos 19,5%.

Os países com melhores resultados a nível de RevPAR em 2008 foram a Bélgica e a Alemanha, onde se registou um crescimento de 4,6% e 4,1%, respectivamente.

Já na Itália e em Espanha foi onde se registaram maiores descidas de 9,9% e 5,4%, respectivamente, refere a mesma fonte. O Reino Unido registou uma performance estável, com 0,1% de crescimento anual.

Os níveis de ocupação também desceram na maioria dos mercados europeus. Praga registou a maior descida 23,4%, enquanto Amesterdão desceu 18,7% e Budapeste 12,4%, Moscovo e Roma registaram uma descida de 11%.

Para o corrente ano, segundo Jorge Catarino, director de “hospitality” da C&W em Portugal as previsões “não são particularmente animadoras se bem que estamos a encerrar um ciclo. As pessoas continuam a viajar, mas as viagens de negócios estão a abrandar e os consumidores estão aparentemente a realizar menos férias”.

O investimento no mercado hoteleiro europeu continuou a ser relativamente activo em 2008, sendo França o país que atraiu mais investimento, liderado pela aquisição de 57 hotéis Accor pela Caísse des Depots, seguida pelo Reino Unido e Escandinávia.

A C&W adianta que em Portugal, no ano passado, o número e volume de transacções de hotéis foi relativamente reduzido “devendo manter-se baixo no primeiro semestre deste ano”.

No entanto, a consultora estima que “na segunda metade do ano se assistam a algumas fusões e aquisições, com a integração de unidades hoteleiras independentes ou de menor dimensão em redes ou cadeias hoteleiras, ou grupos de maior dimensão”.

Fonte: Jornal de Negócios , Ana Torres Pereira

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