sexta-feira, 24 de abril de 2009

Roberto Silva que mais barcos no Porto Santo

«No dia em que tiver dois barcos a fazer a ligação entre a Madeira e o Porto Santo vou ficar contente», disse o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Roberto Siva, em declarações ao JORNAL da MADEIRA.
Defendendo a máxima “quanto mais, melhor!”, o autarca sabe, no entanto, que, neste momento, a ilha atravessa o dilema: «um navio é pouco mas dois é muito».
Mas se, por agora, dois navios na carreira regular pode ser muito, já a ideia de um dia o navio espanhol “Armas” fazer uma passagem pelo Porto Santo nas ligações entre Canárias e a Madeira e/ou o continente é mais concretizável, aos olhos da autarquia.
«Isso seria bom», confessa Roberto Silva, admitindo, porém, não ter feito qualquer diligência nesse sentido. «Penso que passa um pouco pela iniciativa do armador», justifica-se, e «se o armador quiser parar por cá, é livre de parar».
«O armador podia fazer Lisboa/Porto Santo, deixar cá uns e levar outros para o Funchal; quando saísse de lá (Funchal) fazia o percurso inverso», sugeriu o autarca.
Nestas declarações ao JM, o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo falou ainda do objectivo de fazer aumentar a população permanente na ilha de perto de 5.000 para 8.000 pessoas.
«Eu quando falo em 8.000 pessoas permanentes no Porto Santo tem um pouco a ver com a dinâmica que essas três mil pessoas a mais iriam dar à ilha para o comércio, para as infra-estruturas aqui criadas e para a sua rentabilização e para as ligações aéreas e marítimas», explicou o autarca.
Mas bastou a paragem das obras de construção do hotel Colombo’s Resort para que houvesse uma retracção no optimismo. Roberto Silva admitiu que essa interrupção fez logo o comércio local ressentir-se.
«Aqueles 200 ou 300 homens que estavam ali, que saiam ao fim-de-semana e iam para os bares divertir-se, que andavam de táxi, que tomavam o café, bebiam a água e uma aguardentezinha», deixaram de o fazer e isso sentiu-se logo, referiu o edil.
O presidente de câmara quer «mais gente no Porto Santo dentro dessa perspectiva de criar outra dinâmica fora do período de Verão».
«O Porto Santo, neste momento, deve ter 1.700 camas, com as 500 do grupo Pestana, e, por isso, já começa a ter capacidade para fazer uma promoçãozinha ou criar a possibilidade de um voo charter para Inglaterra ou mais qualquer coisa. Mas para fazer uma promoção efectiva do Porto Santo e criar uma dinâmica e trazer aqui outros mercados não é com este número de camas que a gente tem», .declara.
«Quando eu avancei para as 7.500/8.000 foi também para dar um sinal de que mais do que isto é quase impossível. Esse é o limite e é para ser feito em 10 ou 12 anos, nunca menos do que isso».
Roberto Silva disse ainda que ao ter referido as 8.000 camas estava a definir o limite da capacidade hoteleira.
«Se eu não dissesse isso, chegávamos às 7.000 e apareciam mais dois empreendimentos, e íamos para as 9.000, e íamos para as 10.000, e íamos para as 12.000, e, nesse dia, rebentava, o que não é isso que se pretende», afirmou.

Conceição assegura que entrada não está impedida

Em 11 de Março deste ano, a secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, confirmou na Comissão Especializada de Economia, Finanças e Turismo que a concessão da linha marítima entre a Madeira e o Porto Santo não impede a entrada de novos armadores.

Biblioteca tem acervo de 23 mil livros

A Biblioteca Municipal do Porto Santo possui um acervo de 23 mil livros com constantes actualizações e uma grande variedade de temas e saberes. Oferece aos seus visitantes uma videoteca e um espaço infanto-juvenil. Além disto, podem ser consultados praticamente todos os jornais e revistas regionais e nacionais disponíveis, tais como: Expresso, Sol, Diário de Notícias da Madeira, Jornal da Madeira, Revista Sábado e Visão.

in Jornal da Madeira (Alberto Pita)

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