quarta-feira, 1 de abril de 2009

Produtor da Casa de Cello reconhece potencial madeirense

O produtor nortenho João Pedro Araújo considera que a crise é uma janela de oportunidade para a exportação dos vinhos portugueses pela qualidade e preço que apresentam. Não concorda com o que diz a reputada especialista britânica Jancis Robinson que afirmou recentemente que os preços altos dos vinhos nacionais dificultam as vendas para o estrangeiro.
Na Madeira a apresentar novos vinhos, o produtor sublinha que se os vinhos têm qualidade têm de ter preço. Além disso, considera que os vinhos portugueses estão baratos. “Faça uma prova dos nossos grandes vinhos juntamente com outros de fora e verá que a grande diferença de preço não se justifica pela diferença de qualidade que possa existir, se é que existe”.
Considera que, acima de tudo, há um problema de fama. Fama que parece já ter conhecido alguma na Madeira, onde tem os seus vinhos há menos de um ano.
João Pedro Araújo, da Casa de Cello, não esconde que está satisfeito com as vendas na Madeira, que diz ter sido onde conheceu a entrada mais forte.
Num primeiro balanço, diz que está satisfeito com a distribuidora na região, a Copo. Além disso, evidencia a qualidade da restauração na Madeira que considera muito aberta. “Ao contrário do continente, aqui encontramos pessoas que gostam de conhecer, de ver coisas novas e com vontade de evoluir”, disse.
Quanto a mais novidades para este ano, o produtor refere que a Casa irá lançar mais um vinho branco, o Quinta de San Joanne Superior, já apresentado a alguns clientes da Copo no continente, na Essência do vinho. “Foi considerado um dos melhores brancos portugueses pela Revista de Vinhos”. Terá ainda um branco de sobremesa e um Dão que ainda não sabe qual será o nome. Apenas adianta que será acima do reserva da casa.
Uma nota final que estivemos presente em mais uma prova, que decorreu durante um almoço na Quinta Mirabela. Como sempre, os vinhos surpreenderam pela positiva, pelo que não é de admirar que tenha tido pronta aceitação na Madeira, um mercado onde é reconhecido o gosto apurado.

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